O presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, voltou a dizer nesta segunda-feira (10) que pretende mudar o nome da Fundação Palmares para Princesa Isabel (1846-1921). Também cogita o nome do engenheiro André Rebouças (1838-1898).
“Devemos valorizar quem viveu segundo elevados padrões éticos, cuja biografia é edificante não só para os negros, mas para todos os brasileiros. Mudar o nome da Fundação Palmares para Princesa Isabel ou André Rebouças é um grande desafio, que um dia terá que ser enfrentado”, afirmou.
Contrário ao movimento negro, Camargo disse que tenta viabilizar mudança de nome desde 2019.
“A mudança do nome da Palmares é uma das propostas que constam do projeto que apresentei à Secretaria Especial de Cultura quando fui convidado para assumir a presidência da instituição, em outubro de 2019”.
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Em novembro de 2021, disse que “Fundação Princesa Isabel, mais do que reconhecimento, seria um dever moral dos negros livres do Brasil”.
Em 12 maio de 2021, também pela rede social, Camargo anunciou que a instituição prestaria homenagem à princesa Isabel no dia 13 de maio. A data marca o aniversário de 121 anos da promulgação da Lei Áurea, que dava a abolição da escravatura para todas as pessoas em situação de escravidão jurídica, que existia no Brasil desde o século 16.
Na ocasião, Camargo afirmou que “em artigo do historiador Luiz Gustavo Chrispino, será mostrado o projeto de indenização para os ex-escravos, de autoria da princesa, para que pudessem ter suas terras e ganhar o sustento”.
A Palmares é uma fundação federal de “promoção e preservação da cultura negra e afro-brasileira”, diz o site oficial da entidade.
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Foto: reprodução das redes sociais
