Ao contrário dos fatos relatados por indígenas, o governo de Jair Bolsonaro através do Itamaraty declarou nesta terça-feira na ONU que atua para “reprimir ações ilegais em terras indígenas”.
Além disso insistiu que programas de proteção incluem ambientalistas e jornalistas.
O discurso duro do governo federal é tomado como “mentiroso” por entidades da sociedade civil e até pela Igreja.
Na tentativa de enganar os olhos do mundo, o governo brasileiro ainda garantiu no Conselho de Direitos Humanos das Nações que está comprometido com a realização de eleições democráticas.
Mas elevou o tom e insinuou que não aceita a interferência no processo eleitoral no país, depois de a entidade ter soado o alerta sobre o pleito no país em outubro.
A declaração do Brasil foi dada um dia depois que a alta comissária da ONU, Michelle Bachelet, ter pedido que não houvesse “interferência” no pleito, além de criticar a violência contra indígenas, ambientalistas e jornalistas.
Como de costume, países podem responder às críticas e comentários, o que foi feito nesta terça-feira. A fala foi feita pelo embaixador do Brasil na ONU, Tovar Nunes.
“Lamentamos que seu último informe não reconheça os esforços do Brasil para promover e promover os direitos humanos e a democracia”, disse o diplomata.
Tovar Nunes não citou em nenhum momento de sua intervenção os nomes dos dois desaparecidos na Amazônia, Dom Phillips e Bruno Pereira. Mas a mensagem ocorre diante de uma grande pressão internacional contra o governo de Jair Bolsonaro para que esclareça o que ocorreu com os dois homens.
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Foto: Reprodução/ TV Globo