Os pais do sargento da Força Aérea Brasileira (FAB) Lucas Guimarães, morto em uma cafeteria no Centro de Manaus , lamentaram a soltura do casal de empresários Joabson Agostinho Gomes e Jordana Azevedo Freire , suspeitos de ordenarem o crime, nesta quarta-feira (10).
Joabson e Jordana estavam na cadeia desde 22 de setembro e deixaram o sistema prisional na tarde desta quarta-feira (10). A soltura aconteceu após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) conceder um habeas corpus para revogar a prisão temporária do casal.
Em entrevista à Rede Amazônica, nesta quarta, a mãe de Lucas, Livânia Maria Silva Guimarães, contou que ela e o marido já sabiam que o casal poderia ser solto a qualquer momento.
Livânia afirmou ainda que apesar do casal – que é dono de uma rede de supermercados em Manaus- ter sido solto, a família espera que os culpados pela morte de Lucas Guimarães sejam responsabilizados pelo crime que cometeram.
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“É o momento da Justiça mostrar à sociedade que as pessoas que têm dinheiro e cometem crimes também são punidas. Isso é o que nós estamos aguardando e acreditando que vai acontecer, porque é um crime grave, premeditado que foi cometido. Um homicídio foi cometido. Existem dois culpados e o matador, que eu acredito que vai aparecer. Isso não vai ficar assim”, afirmou Livânia.
Questionados se devem fazer algo para tentar reverter a concessão de Habeas Corpus ao casal, os pais de Lucas Guimarães afirmaram apenas que os advogados estão tomando providências em relação ao caso.
“Isso é uma situação que nos angustia bastante. A gente entende que o direito é para todos, mas a gente também entende que há punição para quem tem culpa. É por isso que nós estamos aqui afirmando que nós acreditamos que vai haver Justiça sim. Porque lugar de criminoso é na cadeia. Quem comete um crime tem que ficar preso. Nós estamos acreditando sim que eles vão voltar para lá porque lá é o lugar deles”, disse.
Lucas como filho e pessoa
O pai de Lucas, Marcelo Guimarães, lembrou de como costumava ser como filho e como pessoa com as outras pessoas que convivia. Segundo ele, Lucas era querido com todos que o conheciam e construiu uma boa carreira profissional com a competência que tinha.
“Como filho, era excelente. Não é atoa que ele era sargento e de carreira no Exército. Fez concurso para aviação, fomos pedir ajuda para o Exército e nos trataram muito bem, falaram bem do nosso filho. Como filho, era excelente. Filho, neto e pai. Como pessoa, está aí a repercussão. Não foi um assassinato, foi uma execução por motivo torpe”, comentou o pai de Lucas.
O caso
O crime contra Lucas Guimarães aconteceu no dia 1ª de setembro, quando o sargento foi assassinado no momento em que fechava uma cafeteria, no bairro Praça 14. Lucas foi atingido por três tiros na cabeça, chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
Após investigações da Polícia Civil, a titular da Delegacia de Homicídios e Sequestros, Marna de Miranda informou que o caso se tratava de um crime passional.
Os pais cobram a revogação da liberação do casal.
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Foto: divulgação