Partido de Bolsonaro pretende extinguir Fundo Eleitoral
A justificativa do presidente para sancionar o fundo é de que ele poderia cometer crime de responsabilidade, caso vetasse uma lei do TSE.

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 20/01/2020 às 19:03 | Atualizado em: 20/01/2020 às 19:03
O partido do presidente Jair Bolsonaro, o Aliança pelo Brasil, ainda pendente de ser oficializado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), vai trabalhar para acabar com o Fundo Eleitoral, criado em 2017 e usado na campanha de 2018.
Segundo publicação do Poder360, a advogada do presidente, Karina Kufa (na foto com o presidente), publicou, nesse domingo (19), em seu Twitter que o chefe do Executivo é contra o Fundo Eleitoral e que o seu novo partido, do qual ela é tesoureira, irá trabalhar para que o fundo seja extinto.
“O PR @jairbolsonaro recusou o fundão em 2018 quando nem tempo de TV tinha, saiu do PSL deixando 110 mi por ano de fundo partidário, vai criar um partido do zero sem direito a fundo até 2023… e tem gente que fala que aprovou o orçamento previsto em lei para o fundão pq quis?”, escreveu.
Bolsonaro se manifestou nesse sábado (18) sobre isso dizendo que tem recebido críticas porque decidiu sancionar os R$ 2 bilhões para o Fundo Eleitoral.
A justificativa para sancionar o fundo é de que poderia cometer crime de responsabilidade, caso vetasse uma lei do TSE.
“Algumas coisas eu sanciono contra a minha vontade, algumas coisas eu veto contra a minha vontade também. Mas o Brasil não sou eu, tem os outros Poderes”, disse na publicação do Poder360.
De acordo com o presidente, o Aliança pelo Brasil “não aceitará usar o fundão” e defenderá bandeiras de valores familiares tradicionais, “economia liberal com responsabilidade, livre-comércio, meritocracia, patriotismo” e que “abomine o terrorismo”.
Foto: Reprodução/Instagram