Pesquisador avalia que agenda econômica terá peso entre evangélicos

Na avaliação de Marcelo Tokarski, nas eleições deste ano, a questão econômica terá muito mais peso do que pautas de costumes, como aconteceu em 2018

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Publicado em: 15/05/2022 às 12:05 | Atualizado em: 15/05/2022 às 12:12

O voto evangélico terá, mais uma vez, um peso importante nas eleições presidenciais deste ano. É o que avalia Marcelo Tokarsk, sócio-diretor do Instituto FSB Pesquisa, que vem acompanhando o comportamento desse eleitorado.

Conforme destaca o pesquisador, apesar da vantagem do presidente Bolsonaro (PL) na base eleitoral, candidato à reeleição, a diferença dele em relação ao ex-presidente Lula da Silva (PT) não é das maiores.

“Nos últimos dois meses, esses eleitores passaram a migrar mais para Bolsonaro, mas Lula também não tem um desempenho tão ruim neste segmento. Até porque boa parte do eleitorado evangélico é de renda e escolaridade mais baixas”, destaca.

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Na avaliação dele, nas eleições deste ano, a questão econômica terá muito mais peso do que a pauta de costumes, como aconteceu em 2018.

Bolsonaro, assim, teria que crescer bastante entre o segmento evangélico para que isso representasse uma grande vantagem nas urnas.

De acordo com Tokarski, outras religiões devem ser levadas em consideração na busca de votos pelos presidenciáveis.

“Para termos uma ideia, a vantagem de 23 pontos percentuais que Lula tem hoje sobre Bolsonaro entre os católicos na simulação de 2º turno equivale a mais de 1/3 de todo o eleitorado declarado evangélico”.

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Foto: Alan Santos/Presidência