“Se não tivesse estrangeiro, o Bruno seria só mais um desaparecido e iria ficar por isso mesmo”. Essa é a declaração do pesquisador Aiala Couto. Ele é membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Ao Uol, o pesquisador acrescentou:
“Seria mais um caso de impunidade. Já tivemos um colaborador da Funai assassinado e a investigação não andou”.
Assim, para Aiala, o desaparecimento do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo Pereira no Vale do Javari só ganhou repercussão internacional por causa do sumiço do correspondente do jornal The Guardian.
A princípio, ambos foram vistos pela última vez há dez dias no trajeto entre a comunidade ribeirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte.
A localidade, portanto, fica no extremo leste do Amazonas. Bruno é servidor licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai).
Além disso, ele destacou que a presença do Estado na Amazônia é perversa:
“Os decretos do governo fragilizaram as políticas ambientais. A presença do Estado na Amazônia é perversa, porque atende aos interesses dos invasores e não enxerga conexão entre eles e o tráfico internacional de drogas e armas”
Dessa maneira, o pesquisador vê uma escalada no acirramento nas relações entre invasores e os povos indígenas nos últimos anos devido às ações do governo federal.
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Foto: Reprodução/Tv Globo