Petrobrás baixa gás de cozinha, mas consumidor sente efeito contrário

Os revendedores do produto alegam que precisaram iniciar repasses do reajuste salarial de seus trabalhadores

Diamantino Junior

Publicado em: 21/09/2022 às 11:35 | Atualizado em: 21/09/2022 às 11:35

A Petrobrás cortou em 4,7% o preço do gás de cozinha vendido por suas refinarias na última segunda-feira (12), mas o preço do botijão nas revendas subiu durante a semana, de acordo com a pesquisa de preços da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), a informação é do jornal Folha de S.Paulo, em matéria de Nicola Pamplona.

O texto diz que o botijão de 13 quilos passou de R$ 111,91 para R$ 113,25, na média nacional.

A matéria aponta que a evolução na semana passada contradiz previsão da Petrobrás, que calculava uma redução média de R$ 2,60 por botijão. Os revendedores do produto alegam que precisaram iniciar repasses do reajuste salarial de seus trabalhadores.

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Leia alguns trechos da matéria publicada pelo jornal Folha de S.Paulo.

“As empresas e os sindicatos ainda negociam o percentual de reajuste, mas a Abragás, entidade que reúne sindicatos de revendedores, diz que o repasse já foi feito porque a data-base da categoria é o dia 1º de setembro.

O presidente da entidade, José Luiz Rocha, alega que os valores devem ser pagos de forma retroativa quando as negociações não se concluem no mês do dissídio e, por isso, os revendedores já estão incluindo o aumento de custo em seus preços.

Os trabalhadores pedem reposição da inflação pelo INPC mais 2,3% por perdas anteriores em salários de empregados que recebem acima do piso. Na última reunião, as empresas distribuidoras apresentaram proposta de reajuste de 8,83%, que reflete a variação de 12 meses do INPC.

Logo após o anúncio do corte nas refinarias, a Abragás divulgou nota dizendo que “possivelmente os consumidores não perceberão redução nos preços, devido ao aumento repassado pelas distribuidoras referente ao dissídio e custo outros custos operacionais do segmento”.

Já o Sindigás, sindicato que representa o segmento de distribuição, diz apenas que os preços “são livres em todos os elos da cadeia e suscetíveis às variações do mercado”.

‘É recomendado aos consumidores que façam sempre uma pesquisa antes de efetuar a compra, de forma a buscar a melhor combinação de oferta de serviço e preço sempre tendo em conta sua relação de confiança com sua marca e revenda de preferência’, afirma.”

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