PF mira esquema de extração de ouro de garimpos ilegais em Roraima
Mariane Veiga
Publicado em: 06/12/2019 às 09:19 | Atualizado em: 06/12/2019 às 11:46
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira, dia 6, uma operação que mira um grupo de empresários e servidores públicos suspeitos de envolvimento em um esquema de contrabando de ouro. As informações são do Portal G1.
A quadrilha teria movimentado R$ 230 milhões em exportação de 1,2 tonelada de ouro da Venezuela e de garimpos ilegais em Roraima (RR).
Os policiais cumpriram 17 mandados de prisão preventiva, cinco de prisão temporária, 18 de sequestro de bens, e 48 de busca e apreensão em Roraima, Amazonas, Rio Grande do Norte, Rondônia e São Paulo.
Entre os alvos da operação Hesperides há três empresários venezuelanos que chefiavam o esquema.
O G1 detaca que um deles é procurado pela Interpol por tráfico de drogas e crimes financeiros cometidos na República Dominicana. Há também participação no esquema de servidores da Receita Federal, estadual e Procuradoria Geral de Roraima.
Segundo a PF, o ouro extraído de garimpos venezuelanos – que ficam na região Sul do país e na fronteira com Roraima – e também de Roraima eram “legalizados” em um esquema que envolvia pagamento de propina a servidores públicos no estado.
“As investigações tiveram início em setembro de 2017, após apreensão de aproximadamente 130 gramas de ouro no Aeroporto de Boa Vista destinados a uma empresa em São Paulo. Uma nota fiscal de compra de ‘sucata de ouro’ acompanhava o metal, sendo verificado pela PF que se trataria de um documento falso”, detalhou a PF.
Os acusados são investigados por participação em organização criminosa, contrabando, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, receptação e por crimes de falsidade ideológica e de documento público.
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Foto: Divulgação/ Ibama