PF fez corpo mole ao não transferir ex-ministro de Bolsonaro preso

Quem faz afirmação exclusiva é colunista de portal de notícias

Homossexual

Ferreira Gabriel

Publicado em: 27/06/2022 às 18:16 | Atualizado em: 27/06/2022 às 18:16

A cúpula da Polícia Federal usou um argumento bastante questionável para evitar que o ex-ministro Milton Ribeiro fosse transferido de São Paulo para Brasília após prisão. Ele foi preso em razão das investigações sobre a existência de um esquema de corrupção no Ministério da Educação.

Além de mencionar risco à segurança e “exposição desnecessária” dos presos no despacho que foi determinante para que o ex-ministro permanecesse em São Paulo, como gostaria, a direção da PF alegou “restrições orçamentárias” para dizer que não seria possível fazer a transferência.

Só que um levantamento feito pela coluna nos registros de voo dos aviões pertencentes à corporação mostra que, para outros motivos, não há restrição orçamentária.

Semanas antes da prisão de Milton Ribeiro, um dos jatos foi usado até mesmo para levar o diretor-geral da PF, Márcio Nunes de Oliveira, a cidades do Norte e do Nordeste para participar de cerimônias de inauguração e de posse de delegados nomeados por ele para cargos de chefia.

A Polícia Federal já tem três jatos e um quarto, recém-adquirido, está prestes a entrar em operação. Entre maio e junho, nas semanas que antecederam a prisão de Milton Ribeiro, duas dessas aeronaves fizeram nada menos que 40 voos.

É um dado que, além de derrubar o argumento de que não havia recursos para realizar a transferência do ex-ministro para Brasília, dá força à queixa do delegado encarregado da investigação, Bruno Calandrini, que denunciou ter havido interferência da cúpula da PF no caso.

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Foto: Isac Nóbrega/PR