O procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu nesta quarta-feira (14) a atuação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes na condução de inquéritos contra bolsonaristas no inquérito das fake news.
A manifestação veio após reportagens do jornal Folha de São Paulo indicarem que Moraes teria usado mensagens de forma não oficial para pedir relatórios à Justiça Eleitoral que seriam usados em suas decisões.
O presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, e os também ministros da corte Gilmar Mendes e Flávio Dino, fizeram questão de se pronunciar a favor de Moraes.
Em fala na abertura da sessão do plenário do Supremo, Barroso fez uma enfática defesa do trabalho de Moraes.
Disse que se estava diante de “tempestades fictícias”, ao explicar que as informações foram requeridas por Moraes, relator do inquérito das “fake news” no Supremo, ao TSE envolvendo pessoas já investigadas e que estariam reiterando condutas “desinformação e de circulação de ataques à democracia e de discursos de ódio”.
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“Em nenhuma hipótese, em nenhum caso, houve ‘fishing expedition’ dirigida personalisadamente a qualquer pessoa de maneira aleatória. Informações para instruir inquéritos que já estavam em curso”, afirmou ele, ao destacar que essas informações eram públicas.
Barroso ressaltou que Moraes, na qualidade de presidente do TSE, tinha poder de polícia e poderia agir de ofício, sem necessidade de provocar outro órgão.
Para ele, o ministro teve coragem de atuação, apesar das ameaças pessoais que sofreu e em meio a um contexto de risco grave à democracia.
Gonet também se pronunciou no plenário do Supremo, endossando as manifestações de Barroso sobre a atuação de Moraes.
Segundo o procurador-geral, sempre houve a abertura da oportunidade da atuação do Ministério Público.
“E eu posso acrescentar que nessas e também em outras tantas oportunidades, eu pude pessoalmente verificar, que na minha atuação junto ao TSE, quer aqui no STF, as marcas que o ministro Gilmar Mendes mencionou e que Vossa Excelência (Barroso) também afirmou, as marcas de coragem, diligência, assertividade e retidão nas manifestações, nas decisões e no modo de conduzir o processo do ministro Alexandre de Moraes”.
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Foto: Antonio Augusto/STF