PL vai liberar diretórios estaduais se Bolsonaro recusar filiação

Isso significa, na prática, que o partido pode ter palanques regionais apoiando Bolsonaro, João Doria e o ex-presidente Lula

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Ferreira Gabriel

Publicado em: 16/11/2021 às 08:44 | Atualizado em: 16/11/2021 às 08:48

O PL avisou a aliados do centrão que, se o presidente Bolsonaro recuar da filiação ao partido, Valdemar Costa Neto pode liberar diretórios estaduais na eleição de 2022 para apoiarem o candidato que quiserem, como os de oposição ao governo.

Essa é uma das principais preocupações do governo Bolsonaro.

Em meio às articulações para levar o presidente a se filiar ao partido, Costa Neto tem dito a bolsonaristas que vai trabalhar para reduzir ao máximo o apoio do PL a palanques opositores a Bolsonaro.

No entanto, o principal cacique do PL não garante o mesmo empenho caso o presidente desfaça o “noivado” e desista de se filiar à legenda.

Isso significa, na prática, que o partido pode ter palanques regionais apoiando Bolsonaro, João Doria e, principalmente, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Esse eventual apoio pulverizado do PL em 2022 é o motivo pelo qual ministros do governo defendem o ingresso do presidente na legenda.

Para eles, o casamento entre Bolsonaro e PL inviabilizará o apoio do partido a Lula na eleição do ano que vem.

Bolsonaro, no entanto, recuou da filiação, por ora, alegando problemas em palanques estaduais, como o de São Paulo.

Nos bastidores, pesou também a repercussão negativa da aliança entre Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, que foi condenado no mensalão — esquema de corrupção que atingiu o governo Lula.

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Foto: Alan Santos/Presidência