Polícia do Senado apura quem usa rede para postar “fake news”

A Polícia Legislativa do Senado foi requisitada pela presidência da CPMI para descobrir o gabinete das fake news.

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Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 10/03/2020 às 21:31 | Atualizado em: 10/03/2020 às 21:31

A Polícia Legislativa vai apurar o uso da rede de internet do Senado Esse expediente serviu para a divulgação das chamadas “fake news” e de agressões virtuais. A partir dessa apuração, a investigação quer chegar ao responsável pelos disparos. 

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) investiga disseminação de notícias falsas na internet desde setembro do ano passado.  

Nesta terça-feira (10), o senador Angelo Coronel (PSD-BA), presidente da comissão, pediu à Polícia Legislativa que apure o caso. Segundo ela, a rede interna da Casa foi usada para a divulgação de notícias falsas. 

O jornal “O Globo” publicou documentos sigilosos encaminhados à CPMI.  De acordo com tais documentos, o uso de equipamentos do Senado era evidente. Por conseguinte, foi encontrada a página “snapnaro“, entre fevereiro e maio de 2019.

A referida página é apontada como uma conta utilizada para a divulgação de fake news. Desta forma, ela foi editada a partir da rede do Senado, cujo IP é 201.54.48.198.  

 

Acessos do Senado

Durante os quatro meses, foram feitos 95 acessos ao perfil por meio da rede da Casa. 

“O Globo” também notificou que o perfil, já apagado, divulgava publicações favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro. Por outro lado, o perfil atacava adversários políticos do presidente da República. 

O jornal também informou que a conta, criada em 2017. No entanto, ela foi apagada horas depois do depoimento da deputada Joice Hasselmann (PSL-SP).

Ao se tornar adversária do Poder Executivo, a ex-líder do governo no Congresso falou na comissão, em dezembro de 2019. Com a finalidade de delatar ex-aliados, a parlamentar citou o perfil durante participação na CPMI. 

O documento ao qual “O Globo” teve acesso foi encaminhado à CPI pelo Facebook, empresa à qual o Instagram pertence. 

O documento, conforme o jornal, também diz que o perfil foi acessado de outras cidades, como São Paulo (SP), São Luís (MA), Saquarema (RJ) e Alegre (ES). 

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Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado/arquivo