A Procuradoria da República no Distrito Federal abriu uma investigação preliminar para apurar supostos atos de improbidade administrativa cometidos pelos ministros do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho (foto ), e do Turismo, Gilson Machado.
Marinho teria indicado R$ 1,4 milhão do orçamento da União para uma obra que o beneficiaria.
O valor seria usado na construção de um mirante turístico próximo a um condomínio privado que será lançado pelo ministro e por seu assessor Francisco Soares de Lima Júnior.
Já quanto a Gilson Machado, a investigação preliminar da procuradoria busca saber se há evidências de omissão.
O R$ 1,4 milhão teria saído das chamadas “emendas de relator”. Elas fazem parte do Orçamento que o relator da LOA (Lei Orçamentária Anual) pode escolher o destino.
Esses recursos ficaram conhecidos como “orçamento secreto” depois de o jornal O Estado de S. Paulo publicar reportagens sobre uso da verba para beneficiar políticos aliados do governo federal.
De início, os procuradores vão avaliar somente se há indícios de improbidade administrativa que justifiquem a abertura de inquérito.
Ou seja, os ministros ainda não são formalmente investigados pelo MPF (Ministério Público Federal).
A abertura de investigação preliminar responde a uma representação da deputada federal Natália Bonavides (PT-RN).
A deputada Natália Bonavides também acionou o STF (Supremo Tribunal Federal) para apurar a construção do mirante. O pedido, no entanto, foi arquivado pelo ministro Roberto Barroso.
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Foto: Valter Campanato/Agência Brasil