Quase sete mil agentes do IBGE deixaram o censo por agressões e hostilidade feitas por moradores no ato de prestar informações para o levantamento censitário.
Com isso, 6.550 trabalhadores relataram essas atitudes, representando 4,7% do total de rescisões de contratados, “número dentro do previsto”.
Por exemplo, os problemas com moradores entrevistados incluem até um caso de injúria racial em Belo Horizonte, Minas Gerais. Como informa o Notícias ao Minuto.
Dessa forma, houve também queixas sobre o atraso do órgão em efetuar os pagamentos devidos aos temporários, o que o instituto afirma já ter praticamente regularizado.
Nesse sentido, em nota, o IBGE destacou:
“O IBGE enviou ao banco, no dia 10.08.22, todas as folhas de pagamento da ajuda de treinamento, relativas a julho de 2022, praticamente zerando as pendências do mês passado. Hoje temos 99% dos pagamentos regularizados. Os residuais que faltam estão sendo resolvidos até hoje”.
Sobretudo, os recenseadores estão em campo desde 1º de agosto coletando informações em todos os cerca de 75 milhões de lares brasileiros. Isso nos 5.570 municípios do País.
No entanto, o trabalho de campo começou com um déficit estimado de 15 mil entrevistadores.
Então, o IBGE ainda tentava recrutar para alcançar ao número ideal de 183 mil funcionários temporários. O órgão não informou o tamanho desse déficit após as desistências.
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Agressão
“Sobre os casos de agressão, as unidades estaduais onde eventualmente há ocorrências são orientadas a informá-los. Os que são informados são encaminhados aos órgãos de segurança, além de apoio da área médica e social ao contratado”, completou o IBGE.
Assim, o órgão estatístico lembra que agentes, pesquisadores ou recenseadores são servidores públicos federais. Desse modo, “crimes contra eles são sujeitos a investigações federais com base no art. 144, § 1º, inc. I, da Constituição da República Federativa do Brasil”.
“O mesmo art. 144 se aplica quando alguém se faz passar por agente, recenseador ou pesquisador do IBGE. Em todos os casos, o infrator fica sujeito a penas previstas em lei”, ressaltou o instituto.
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Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil