Identificar restos humanos é o próximo passo das investigações

As informações foram prestadas pelo superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Eduardo Fontes, durante entrevista coletiva

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Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 15/06/2022 às 20:24 | Atualizado em: 16/06/2022 às 11:57

O próximo passo das investigações ao assassinato do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips será identificar os restos humanos localizados nesta quarta-feira (15) na região do Vale do Javari. Foi o que disse o superintendente da Polícia Federal (PF) no Amazonas, Eduardo Fontes, em entrevista coletiva nesta noite.

Para Eduardo Fontes, encerrada a fase de buscas aos então desaparecidos, a etapa seguinte passa a ser a da identificação dos corpos e descobrir a motivação do crime.

O material para perícia criminal segue nesta quinta-feira (16) para Brasília, segundo Fontes.

A força-tarefa que atua nesse caso chegou a local dos restos humanos a partir da confissão do crime pelos suspeitos Oseney Oliveira, o ‘Dos Santos’, e Amarildo Oliveira, o ‘Pelado’.

A confissão foi feita na noite dessa terça-feira (14) após a prisão de Oseney, e na manhã desta quarta, a equipe de investigação seguiu para o local revelado pelos irmãos Oliveira.

Após adentrarem por 3 quilômetros de mata fechada, os investigadores chegaram ao local, onde estavam os restos humanos.

As vítimas foram sequestradas no início deste mês e assassinadas após se deslocarem de barco pelo rio Itaquaí após visita à Terra Indígena do Vale do Javari (Amazonas), território que alvo de invasão por caçadores, pescadores e madeireiros ilegais. O desaparecimento deles foi notificado em 5 de junho.

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Prisão decretada

A Justiça do Amazonas decretou, na tarde desta quarta-feira, a prisão temporária, pelo prazo de 30 dias, do pescador ‘Dos Santos’, o segundo suspeito preso na investigação do desaparecimento de Bruno Pereira e Dom Phillips.

A prisão foi determinada pela juíza Jacinta Silva dos Santos, da Vara Única de Atalaia do Norte, em audiência de custódia presencial.

O procedimento é padrão e serve para o juiz analisar a legalidade das prisões e a necessidade de continuidade da detenção ou a possibilidade de eventual concessão de liberdade.

A força-tarefa nessa operação é formada pelas Forças Armadas, Polícia Federal, Corpo de Bombeiros, Polícias Civil e Militar do Amazonas.

Com informações do UOL 

Foto: PF/divulgação