Ribeiro recebeu R$ 50 mil na conta da esposa, admite advogado
Ex-ministro é investigado por suspeita de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 23/06/2022 às 01:44 | Atualizado em: 23/06/2022 às 01:44
A defesa do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, preso nessa quarta-feira, 22, admitiu que houve um depósito de R$ 50 mil na conta de Myriam Ribeiro, mulher do ex-chefe da pasta.
O advogado Daniel Bialski alegou que o valor seria oriundo da venda de um carro. O valor estaria ligado aos pastores.
O criminalista não comentou a relação do depósito com o ex-ministro, nem nomeou o autor do depósito.
Milton Ribeiro, Arilton Moura, o pastor Gilmar Santos, o advogado Luciano Musse e o ex-assessor da Prefeitura de Goiânia Helder Bartolomeu foram presos nessa quarta-feira, 22.
Suspeitas
Contra o ex-ministro recaem suspeitas de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência.
Todos são investigados pelo ‘gabinete paralelo’ instalado no MEC, com favorecimento de pastores na distribuição de verbas – caso revelado pelo Estadão.
Musse foi nomeado gerente de projetos em abril do ano passado pelo próprio ministro e atuava como apoio aos religiosos. Helder Bartolomeu é ligado a Arilton Moura.
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Documentos
A Polícia Federal informou que, com base em documentos, depoimentos e relatório de investigação preliminar da Controladoria-Geral da União (CGU), ‘foram identificados possíveis indícios de prática criminosa para a liberação das verbas públicas’.
Em nota, a CGU declarou que abriu uma investigação preliminar sumária em 23 de março de 2022 para “apurar a possível atuação irregular de agentes públicos e privados na intermediação de políticas públicas vinculadas ao Ministério da Educação”.
A investigação terminou em 23 de maio.
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Foto: Fábio Pozzebom/Agência Brasil