O presidente da República, Lula da Silva, fez neste dia 12, por videoconferência, uma reunião com ministros. Na pauta, preocupação com a seca e queimadas no Amazonas e demais estados da região Norte e as chuvas intensas em Santa Catarina, na região Sul.
“Assim como fizemos com o Rio Grande do Sul, temos dedicado atenção especial a esses estados, com a presença de técnicos, secretários, ministros, repasses de recursos e muito diálogo. Determinei aos ministros que todas as equipes estejam mobilizadas e à disposição dos governos estaduais e das prefeituras. O governo federal está atento, presente e atuando para atender a população e remediar os danos causados pelos extremos climáticos”, escreveu Lula no X (antigo Twitter).
No Amazonas, a vazante dos rios continua e não há nem previsão de chuva para os próximos dias. O estado está em situação de emergência. O rio Negro, que banha Manaus, deve atingir até o fim desta semana o menor nível de água da história, um pouco acima dos 13 metros. Hoje, dia 13, a cota está em 13,91 metros, apenas 26 centímetros acima da sua maior vazante, em 2010. Como a média de descida das águas dos últimos dias está na casa de 12 a 13 centímetros, até a próxima segunda-feira esse recorde deve ser quebrado.
Conforme o Governo do Amazonas, cerca de 400 mil famílias foram afetadas pela estiagem severa.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), as quatro cidades brasileiras com maior quantidade de focos de incêndio em setembro são do Amazonas, na região da BR-319, entre Manaus e Porto Velho (Rondônia).
Tarumã, ponto de partida para turismo no rio Negro.
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Ar de Manaus é péssimo
Neste dia 12, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou o envio de mais policiais da Força Nacional para reforçar o combate aos incêndios florestais. O efetivo não foi divulgado.
A seca e o ar poluído pela fumaça fez a Fiocruz Amazônia recomendar o uso de máscaras . Em alguns bairros de Manaus, a qualidade do ar é considerada “péssima”. A quantidade de poluentes, portanto, hoje é cinco vezes maior do que já é considerado “muito ruim” pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente.
Os dados são do monitoramento feito pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA). De acordo com a Prefeitura de Manaus, a fumaça tem origem nos municípios da região metropolitana, sobretudo Autazes, Careiro e Iranduba.
Fonte: Agência Brasil
Foto: Ronaldo Siqueira/especial para o BNC Amazonas