Senador diverge da proposta do governo para previdência militar

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Publicado em: 24/03/2019 às 10:57 | Atualizado em: 24/03/2019 às 11:04

Iran Alfaia, correspondente BNC Amazonas em Brasília

 

Contrário anteriormente à aliança com o PSL do presidente da República, Jair Bolsonaro, para não receber o carimbo de base, o senador Plínio Valério (PSDB) marcou posição contrária à proposta de reforma da previdência dos militares.

O senador amazonense, que faz parte do bloco PSDB/PSL/Podemos, divergiu do apoio à proposta dado pelo seu colega tucano Izalci Lucas (DF), vice-líder do governo na casa.

Segundo ele, o governo tropeçou ao enviar uma proposta diferente do que havia anunciado. “Acena com a possibilidade de que a reforma dos militares vai ser de R$ 97,3 bilhões; demora a apresentar a reforma, o parlamento cobra, e a apresenta com uma economia de R$ 10,45 bilhões. Olhem só a diferença que dá nisso”, criticou.

Valério chegou a ironizar o slogan governamental: “É para todos, é melhor para o Brasil”. Sugere que o sacrífico que está sendo pedido para todos não chegou aos militares.

“A alíquota da previdência, que é de 7,5% e vai para 10,5%, mas vai levar três anos para isso. Então, há realmente uma diferenciação”.

 

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Lucas disse que ainda espera convencer o colega amazonense porque tem certeza da atenção especial que os senadores darão aos militares.

“Os militares não têm hora extra remunerada, adicional noturno, adicional de periculosidade, acúmulo de emprego, FGTS, gratificação salarial, sindicalização, direito a greve e contribuição patronal. Não existe nada, absolutamente nada, com relação a isso. É óbvio que temos que discutir a previdência como um todo. Mas, estou colocando aqui que a gente tem que olhar diferente para as coisas que são diferentes”, disse.

 

Foto: BNC Amazonas