Imposto sindical pode voltar ainda mais faminto sobre trabalhador

O projeto, que prevĂª uma taxa de atĂ© 1% do rendimento anual, enfrenta discordĂ¢ncias entre economistas e sindicalistas sobre o impacto nos custos do trabalho e na transparĂªncia das decisões sindicais.

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Publicado em: 21/08/2023 Ă s 11:22 | Atualizado em: 21/08/2023 Ă s 11:23

O governo Lula estĂ¡ propondo uma mudança significativa na reforma trabalhista ao sugerir o retorno da contribuiĂ§Ă£o sindical obrigatĂ³ria.

A proposta, em processo avançado de discussĂ£o, vincula essa taxa a acordos de reajuste salarial intermediados por sindicatos.

Com previsĂ£o de ser apresentada ao Congresso Nacional em setembro, a medida traz Ă  tona um debate sobre os impactos dessa contribuiĂ§Ă£o nos trabalhadores e na atuaĂ§Ă£o dos sindicatos.

O texto da proposta, que prevĂª um teto de atĂ© 1% do rendimento anual do trabalhador, jĂ¡ enfrenta divergĂªncias entre economistas e sindicalistas sobre seu potencial impacto nos custos do trabalho e na transparĂªncia das decisões sindicais.

O MinistĂ©rio do Trabalho propõe retorno da contribuiĂ§Ă£o sindical obrigatĂ³ria vinculada a acordos de reajuste salarial intermediados por sindicatos.

Desde a reforma trabalhista de 2017, contribuiĂ§Ă£o sindical se tornou opcional. Novo modelo enfrenta crĂ­ticas e defesas sobre seu impacto nos trabalhadores.

O valor da contribuiĂ§Ă£o seria definido em assembleias com votações por maioria. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, defende criaĂ§Ă£o de contribuiĂ§Ă£o negociĂ¡vel para sustentar sindicatos.

A proposta da contribuiĂ§Ă£o sindical estaria ligada Ă s negociações trabalhistas e debatida em conjunto com outros pontos. Medida busca, alĂ©m de financiar os sindicatos, reforçar sua atuaĂ§Ă£o.

Alguns economistas veem risco de aumento de custos para os trabalhadores, enquanto outros defendem a contribuiĂ§Ă£o para manter a atuaĂ§Ă£o sindical.

DistribuiĂ§Ă£o

Dois terços do valor arrecadado iriam aos sindicatos, e o restante Ă s confederações e federações trabalhistas. Orçamento sindical caiu drasticamente apĂ³s a reforma de 2017.

Os economistas sugerem necessidade de regras claras e fiscalizaĂ§Ă£o para evitar abusos e garantir transparĂªncia nas decisões.

AlĂ©m da contribuiĂ§Ă£o, projeto contempla novas regras para sindicatos, mandatos, eleições e incentivos a acordos coletivos e formaĂ§Ă£o de cooperativas de sindicatos.

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Foto: divulgaĂ§Ă£o