Temer diz que Dilma é honesta, mas sem traquejo nas relações políticas
Disse também que a queda de um presidente não é iniciativa do Poder Legislativo, mas da população como um todo.
Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 21/07/2022 às 17:02 | Atualizado em: 21/07/2022 às 17:02
O ex-presidente Michel Temer (MDB) disse (21) que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) é honesta. Contudo, afirmou que ela teve problemas políticos. Além de ter dificuldade de relacionamento com a sociedade e com o Congresso.
Em entrevista ao Uol, Temer, portanto, afirmou que não há nada que possa qualifica-la de corrupta.
Sobre o impeachment dela, Temer, que também foi vice da petista, disse que se deu por conta do relacionamento rochoso dela com parlamentares de oposição.
Nesse sentido, ele defendeu a constitucionalidade do processo, que o levou à Presidência da República em 2016.
Comentou ainda que a queda de um presidente não é iniciativa do Poder Legislativo, mas da população como um todo.
Ou seja, segundo ele, é capaz de influenciar a decisão de deputados federais e senadores.
De acordo com a publicação, Temer diz que eventual processo de impeachment contra Jair Bolsonaro (PL) só seria viável com pressão popular.
Além disso considera “natural” que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), tente blindar o presidente da República da ofensiva de opositores:
“No entanto, [Lira] deveria logo examinar esses pedidos. Processá-los ou indeferi-los”, diz.
Como resultado, atualmente, há ao menos 145 pedidos de impedimento contra Bolsonaro pendentes de análise na Casa.
Como a facada fajuta de Adélio ajudou Bolsonaro a se eleger? Temer explica
Facada
Temer disse também que a facada sofrida por Jair Bolsonaro (PL) durante a campanha presidencial de 2018 o ajudou a ser eleito.
“A apunhalada que recebeu o atual presidente ajudou sua candidatura. Aquilo fez com que ele ocupasse espaço na imprensa que talvez não ocupasse na campanha normal. Ele tinha pouco tempo de televisão e de comunicação, e aquilo fez com que ele não saísse do noticiário durante vários meses”, afirmou.
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Foto: Arquivo/Agência Brasil