Deputado tucano entra com pedido de expulsão de Aécio do partido

Publicado em: 22/12/2018 às 08:00 | Atualizado em: 22/12/2018 às 09:17

O senador Aécio Neves (MG) enfrenta, agora, maior pressão para ser expulso do PSDB, mesmo sendo eleito deputado federal.

A pressão cresceu nesta semana após a segunda fase da Operação Ross, da Polícia Federal, que cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados à família do tucano.

A primeira representação pedindo a expulsão de Aécio do PSDB foi protocolada na quinta-feira, dia 20, na Executiva Nacional do partido e deverá seguir para o Conselho de Ética.

Endereçada ao presidente do PSDB, Geraldo Alckmin, a representação é assinada pelo deputado Wherles Fernandes da Rocha (AC), sob alegação de quebra de decoro parlamentar por parte do senador.

O documento foi redigido antes mesmo da operação ser deflagrada na quinta.

“Nós temos de preservar o PSDB, que está pagando uma conta muito alta por causa do desgaste do Aécio”, disse Rocha ao Estado.

“Queremos que o partido se posicione: ou Aécio sai ou vamos ter uma debandada no PSDB. Mas achamos que quem tem de sair é ele, e não nós.”

A Operação Ross investiga denúncia de que a JBS teria pagado propina de R$ 128 milhões a Aécio e a seus aliados, de 2014 a 2017, tendo parte desse valor servido para alimentar a compra de apoio político na campanha eleitoral de quatro anos atrás.

Delações do empresário Joesley Batista e de outros executivos do grupo J&F também indicaram o pagamento de uma “mesada” de R$ 50 mil ao senador.

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Foto: Reprodução/ABC