Turismo valoriza as tradições indígenas do Amazonas

Neuto Segundo

Publicado em: 13/10/2019 às 12:21 | Atualizado em: 13/10/2019 às 12:26

O projeto turístico de visitação de cinco comunidades da região do Médio Rio Negro, no Amazonas, teve seu plano de visitação aprovado pela Funai (Fundação Nacional do Índio). A definição aconteceu em agosto.

O público-alvo do projeto é de turistas interessados em uma imersão nas tradições locais.

A ideia não é se ornamentar para tirar fotos como se índio fosse, mas conviver com os moradores, ouvir suas histórias, experimentar as comidas plantadas e preparadas por eles, dormir em suas redes e caminhar por seus terrenos sagrados, onde mulheres grávidas ou menstruadas não entram, e é preciso lavar a boca antes de beber ou se alimentar.

 

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Nas duas expedições organizadas pelas próprias comunidades — uma “aventureira” e outra “cultural” —, cada grupo de até 12 pessoas convive com moradores dos territórios indígenas por uma semana. O objetivo é não só gerar renda para os locais como fortalecer sua cultura.

“Está sendo um resgate até para nossas crianças, que agora têm mais interesse nas tradições”, diz Clarice Braga Lopes, envolvida na Expedição Serras Guerreiras de Tapuruquara desde sua idealização, em 2016.

“Foi gente de fora que veio conscientizar as pessoas daqui da importância da nossa cultura. Tem morador que tem vergonha de suas origens. Vai pra cidade e esconde que é indígena”, comenta.

O projeto tem o apoio do Instituto Socioambiental (ISA) e da ONG Garupa – responsáveis por viabilizar a logística, da documentação à comunicação entre moradores e visitantes, numa região onde não há sinal de telefonia e menos ainda de internet.

 

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Foto: Rogério Assis/ISA/Agência O Globo