A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu na última sexta-feira (06) o pedido para autorização de estudo clínico da vacina contra a covid-19, produzida pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a S-UFRJvac. A solicitação foi para realização dos estudos de fases 1 e 2. Os testes servem para avaliar a segurança e imunogenicidade do imunizante.
Para que a vacina comece a ser estudada em humanos, a agência reguladora avalia o pedido com base nos dados de segurança obtidos até o momento nos estudos pré-clínicos, feitos em laboratórios e animais.
O Comitê de Avaliação de Estudos Clínicos, Registro e Pós-registro de medicamentos para prevenção ou tratamento da covid-19 também analisa a proposta do estudo, avaliando por exemplo o número de pessoas que participarão dos testes.
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No mês passado, a Anvisa também recebeu um pedido para realização de estudo clínico de outra vacina contra a covid produzida no Brasil, pela equipe do CTVacinas, uma parceria entre a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Fiocruz Minas.
O pedido de autorização foi enviado à Anvisa em 30 de julho e ainda está sendo avaliado pela agência.
CPI da covid
A temperatura política voltará a subir a partir desta semana, com a retomada dos depoimentos na CPI da Covid, após o recesso parlamentar.
Nos próximos dias, os senadores vão aprofundar as investigações sobre as negociações suspeitas do Ministério da Saúde para a compra de vacinas contra o novo coronavírus.
Em entrevista ao Correio Braziliense, o presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), afirma que as apurações já constataram que “o governo nunca teve o interesse de comprar imunizantes de empresas sérias”. Por isso optou por negociar preços acima do mercado com intermediários.
Aziz mantém a cobrança de um posicionamento de Jair Bolsonaro sobre acusações do deputado Luís Miranda (DEM-DF).
À CPI, o parlamentar disse ter alertado o presidente da República sobre suspeitas de irregularidades no contrato de compra da vacina indiana Covaxin. O documento foi assinado pelo Ministério da Saúde e a empresa Precisa Medicamentos.
De acordo com o senador, “até hoje o presidente não desmentiu o deputado”.
Conforme ele, já há “indícios suficientes” de que Bolsonaro “sabia da existência de crimes e não tomou providência”, cometendo “crime de prevaricação”.
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Foto: Divulgação UFRJ