Volta da propaganda dos partidos é criticada por deputados e senadores

O projeto seria uma das contrapartidas solicitadas pelos deputados do Centrão em troca da aprovação da PEC de adiamento das eleições

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Ferreira Gabriel

Publicado em: 30/06/2020 às 16:18 | Atualizado em: 30/06/2020 às 16:18

Deputados federais e senadores criticaram a proposta de recriação da propaganda partidária no rádio e na TV, extinta na minirreforma eleitoral de 2017. Sobretudo, a proposta  está em tramitação no Senado desde o ano passado.

Conforme reportagem do G1, para os congressistas, a volta da propaganda partidária comprometeria ainda mais os cofres públicos. Este, portanto, em um momento de crise econômica agravada pela pandemia do coronavírus.

A propaganda partidária é diferente da propaganda eleitoral, exibida nos anos em que há eleições. Entre outras finalidades, é usada para difundir programas das legendas. Bem como transmitir mensagens aos filiados sobre a execução dos programas e divulgar a posição do partido em relação a temas políticos e ações da sociedade civil.

Reservadamente, líderes partidários da Câmara afirmam que a retomada da propaganda partidária no rádio e na televisão é uma demanda de siglas do chamado Centrão. Em suma, trata-se de bloco informal de centro-direita que se aliou ao governo do presidente Jair Bolsonaro.

O projeto seria uma das contrapartidas solicitadas pelos deputados em troca da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC). Esta, portanto, adia as eleições,  e já foi aprovada pelo Senado, mas que é objeto de divergências na Câmara.

Além disso, para aprovar a PEC, parlamentares do Centrão contam com a destinação de mais recursos da União. Sobretudo para o Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

A intenção é que o “pacote” de contrapartidas seja aprovado junto com o texto que adia de outubro para novembro as eleições municipais.

 

Foto: Divulgação

 

 

 

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