O procurador-geral da República, Augusto Aras, se defendeu das cobranças do Supremo Tribunal Federal (STF) e das críticas de que estaria sendo conivente com a atuação do chefe do Executivo. Ele vem sendo pressionado pelo Supremo por não ter atendido os pedidos feitos recentemente por três ministros para se manifestar sobre inquéritos contra o presidente Jair Bolsonaro.
Em um artigo publicado nesta terça-feira (17) no jornal Folha de S.Paulo, Aras pontuou que “o procurador-geral da República, mesmo acumulando competências e responsabilidades, não pode tudo”.
De acordo com ele, “cabe ao PGR ficar adstrito ao discurso jurídico inerente ao sistema de Justiça que submete as duas magistraturas ao império da lei, à norma, ao Estado de Direito (de segurança jurídica, de verdade e de memória)”.
Desde o início de julho, Aras tem incomodado o STF ao se abster de manifestar a opinião da PGR em processos contra Bolsonaro. Além disso, tem sido criticado por tentar impedir a instauração de investigações contra o chefe do Executivo.
Em um dos episódios, ele foi cobrado pela ministra Rosa Weber após se opor à abertura de uma investigação contra o presidente. A suspeita era a de crime de prevaricação durante a compra da vacina Covaxin, contra a covid-19.
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Foto: Antonio Augusto/Secom/PGR