A CPI da covid ouviu nesta segunda-feira (18) o relato dos afetados pela pandemia, que tiveram, principalmente, dificuldades com órfãos.
De forma emocionada e de perfis variados, aos senadores, as vítimas retrataram também como perderam pais, maridos, filhos, irmãs e cobraram justiça.
Nas falas, houve também uma série de críticas ao presidente Jair Bolsonaro por atos durante a pandemia.
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Desde o início da pandemia, Bolsonaro contraria a ciência promovendo aglomerações, criticando o uso de máscara, defendendo a tese já rechaçada da imunidade de rebanho e afirmando que não vai se vacinar.
Entidades médicas nacionais e internacionais preconizam justamente essas medidas como forma de prevenção: vacinação, uso de máscara, higienização das mãos e evitar aglomerações.
“A dor é grande, mas a vontade de justiça é maior. Estou aqui hoje para representar as várias famílias que passaram pela dor que passamos. É por isso que estou tão emocionada de estar aqui. São vidas, sonhos, histórias encerradas por tantas negligências. E nós queremos justiça. O sangue de cada uma das vítimas escorre nas mãos de cada um que subestimou o vírus”, afirmou Katia Shirlene Castilho dos Santos, que perdeu os pais.
Conforme o consórcio de veículos de imprensa, o Brasil registrou até este domingo (17) 603.324 óbitos por covid e 21.642.194 casos confirmados desde o início da pandemia.
Durante a sessão da CPI, Márcio Antonio do Nascimento Silva entregou uma caixa com os lenços que a ONG Rio de Paz usou para fazer um ato em Copacabana, simbolizando as mais de 600 mil vítimas da covid.
O taxista, que perdeu o filho para a doença, também cobrou um pedido de desculpas do presidente Jair Bolsonaro e criticou atos e declarações presidenciais durante a pandemia.
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Foto: Pedro França/Agência Senado