Câmara recria Ministério do Trabalho e MP segue ao Senado
No mesmo ministério está incluída a Previdência Social e cria-se, entre outros serviços, o domicílio eletrônico trabalhista

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 16/11/2021 às 23:40 | Atualizado em: 16/11/2021 às 23:40
A Câmara dos Deputados concluiu a votação da Medida Provisória 1058/21, que recria o Ministério do Trabalho e Previdência, que foi extinto em 2019. Todos os destaques da oposição, entretanto, foram derrubados. A matéria será enviada ao Senado, conforme a Agência Câmara de Notícias.
Segundo o substitutivo do relator, deputado José Nelto (Pode-GO), o ministro da pasta poderá definir as hipóteses de substituição de exame pericial presencial por exame remoto, assim como as condições e as limitações para sua realização.
O substitutivo retoma ainda tema da MP 905/19 criando o domicílio eletrônico trabalhista para permitir ao Ministério do Trabalho notificar o empregador, por comunicação eletrônica, sobre atos administrativos, ações fiscais, intimações e avisos em geral.
Com esse mecanismo, que dispensará a publicação no Diário Oficial e o envio por via postal, o empregador também poderá enviar documentação eletrônica exigida em ações fiscais ou apresentar defesa e recurso no âmbito de processos administrativos.
Pontos rejeitados
O plenário rejeitou todos os destaques apresentados pelos partidos na tentativa de mudar trechos do texto. Confira:
– emenda do deputado Bohn Gass (PT-RS) atribuía ao ministério a definição da política de erradicação do trabalho infantil e do trabalho análogo ao escravo e a política de imigração laboral, entre outras;
– emenda do deputado Carlos Veras (PT-PE) pretendia incluir nova secretaria na estrutura do ministério para cuidar da economia solidária;
– emenda do deputado Renildo Calheiros (PCdoB-PE) pretendia incluir atribuições semelhantes previstas nas emendas do PT, além de prever a proteção do trabalhador contra a automação;
– emenda da deputada Lídice da Mata (PSB-BA) pretendia incluir entre as atribuições do ministério a de monitorar e avaliar permanentemente os efeitos de novos itens tecnológicos nos contratos de trabalho;
– destaque do PT pretendia retirar do texto a atribuição dada ao presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para julgar processos administrativos disciplinares e aplicar penalidades de servidores vinculados à autarquia, inclusive de demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
– destaque do MDB pretendia retirar do texto a criação do domicílio eletrônico trabalhista.
Leia o texto na íntegra na Agência Câmara de Notícias
Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados