CPI anima vítimas da covid e juristas a pedir impeachment de Bolsonaro
O pedido será protocolado no dia 8 de dezembro em Brasília

Mariane Veiga
Publicado em: 18/11/2021 às 16:55 | Atualizado em: 18/11/2021 às 17:13
Um grupo de juristas e advogados e também de familiares de vítimas da epidemia da covid-19 vai apresentar à Câmara dos Deputados um pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro.
Eles se baseiam nos crimes apontados pela CPI da covid, que encerrou os trabalhos no mês passado.
Entre eles estão prevaricação, charlatanismo, epidemia com resultado de morte, infração a medidas sanitárias preventivas, emprego irregular de verba pública, incitação ao crime, falsificação de documentos particulares, crime de responsabilidade e crimes contra a humanidade.
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Desse modo, o pedido de impeachment contra Bolsonaro será protocolado no dia 8 de dezembro em Brasília.
Além de parentes de pessoas que morreram por causa da doença, quinze profissionais do direito assinarão o documento: Miguel Reale Júnior, que assinou o pedido que levou ao impeachment de Dilma Rousseff, Sylvia Steiner, Helena Lobo da Costa, Alexandre Wunderlich, José Rogério Cruz e Tucci, Floriano de Azevedo Marques, Miguel Jorge, Aloyso Lacerda Medeiros, Clito Fornaciari Júnior, Alberto Silva Franco, Belisário dos Santos Júnior, Antônio Funari, Walter Maierovich, Salo de Carvalho e Davi Tangerino. Os advogados se reuniram nesta quinta (18) com senadores que integraram a CPI para discutir a apresentação do pedido.
Estavam na conversa, entre outros, os senadores Omar Aziz (PSD-AM), que presidiu a comissão, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que foi vice-presidente, e a senadora Simone Tebet (MDB-MS).
A CPI encerrou os trabalhos em outubro. Em seu relatório, além de responsabilizar Bolsonaro por nove crimes, Renan Calheiros (MDB-AL) identificou 29 tipos penais e sugeriu o indiciamento de 66 pessoas, incluindo deputados, empresários, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e o atual titular da pasta, Marcelo Queiroga.
Foram apontados ainda crimes cometidos por duas empresas: a Precisa Medicamentos e a VTCLog.
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil