O governo federal proibiu que uma equipe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de dar assistência a indígenas ianomâmis, que estão doentes e abandonados.
Por exemplo, os indígenas sofrem com o surto de malária, desnutrição, falta de medicamentos e abandono do governo. Como informa o g1.
Dessa maneira, o vice-presidente da Hutukara, principal associação que representa o povo ianomâmi, Dário Kopenawa, criticou a posição da Funai:
“Por que a Funai não proíbe a entrada dos garimpeiros? Por que está proibindo os médicos na terra ianommi para fazer exame? Então, isso é muito revoltante, é muito absurdo”.
Além disso, a equipe, formada por profissionais de diversas áreas, também faria um estudo sobre o impacto do garimpo na reserva.
Por conseguinte, a reserva é maior do país e, nos últimos anos, enfrenta o avanço da mineração ilegal do ouro. A ideia era tender ao menos 1.200 yanomâmis.
O pesquisador da Fiocruz, Paulo Basta, que integraria o grupo, dise que, é, no mínimo, uma tremenda falta de sensibilidade.
“Uma contradição a Funai negar acesso a uma equipe multidisciplinar de saúde formada por oito médicos com diferentes especialidades, enfermeiros, psicólogos, biólogos, geógrafos”, completou.
De acordo com o pesquisador, a pesquisa que apontou que oito em cada dez crianças menores de 5 anos têm desnutrição crônica na Terra Yanomami.
Funai
Por outro lado, a Fundação Nacional do Índio (Funai) justificou que “pesquisas e ingressos em terras indígenas estão provisoriamente suspensos, devido ao surto da covid-19”.
Como resultado, após a reportagem do Fantástico, o Ministério Público Federal (MPF) cobrou da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), ligada ao Mistério da Saúde, um plano de reestruturação da assistência básica.
Com isso, a representante do governo possa reverter o atual cenário da saúde dos ianomâmis.
O MPF também cobrou auditoria na contas do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (Dsei-Y) e da própria Sesai para identificar como o dinheiro está sendo usado.
Esta semana a morte de duas crianças que estavam com sintomas de malária evidenciaram ainda mais o colapso na saúde ianomâmis.
“Isso é muito grave. Meu povo está morrendo, as crianças estão morrendo”, frisa Hekurari.
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Fotos: Reprodução/vídeo/g1