O Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do mundo, com safras recordes. Apesar disso, a fome se impõe a 116 milhões de habitantes.
É o que revelam os dados que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou ontem (9). Além disso, a contradições, agravadas com a pandemia são vistas nos pratos dos brasileiros.
Conforme o Correio Braziliense, o número equivale a 16,8% dos 680 milhões de pessoas no mundo.
São pessoas que não conseguem realizar todas as refeições diárias recomendadas por nutricionistas. E, ao mesmo tempo em que 19 milhões de cidadãos no país passam fome.
Por outro lado, 26,8% da população adulta sofrem de obesidade devido à alimentação baseada em produtos baratos, ultraprocessados ou de pouco valor nutritivo.
Segundo a publicação do CB, antigamente, até mesmo os mais pobres conseguiam se alimentar melhor, porque a refeição principal era de produtos in natura .
Por exemplo, o prato balanceado tinha arroz, feijão, uma salada e uma proteína como “mistura”.
Contudo, nos dias de hoje, principalmente devido à inflação seguir em dois dígitos (de 10,38% no acumulado em 12 meses até janeiro.
Dessa maneira, o assessor regional em Nutrição e Atividade Física da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Fábio Gomes, avaliou:
“A falta de comida de verdade causa os dois problemas, causa o sobrepeso e a obesidade e a fome e a desnutrição. Em um sistema que é cada vez mais dominado por ultraprocessados, a gente tem menos alimentos e comida de verdade, e vai ter gente com desnutrição, com fome e com obesidade”.
Leia mais no Correio Braziliense .
Leia mais
Foto: Arquivo/Agência Brasil