Negado ao Congresso mais prazo para ajustar ‘orçamento secreto’

A ministra Rosa Weber já havia dado prazo de 90 dias para que o sistema de monitoramento fosse implementado

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Ferreira Gabriel

Publicado em: 18/03/2022 às 16:05 | Atualizado em: 18/03/2022 às 16:05

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta sexta-feira (18) um pedido do Congresso Nacional. Trata-se, de mais prazo para a implementação de mudanças relativas à transparência das emendas de relator, conhecidas como “orçamento secreto”.

A transparência dessas emendas é questionada no STF e no Tribunal de Contas da União (TCU).

Em dezembro, Rosa Weber deu 90 dias para o que o sistema de monitoramento (com individualização, detalhamento e motivação) fosse instituído. O prazo acabou nesta quinta (17).

O Congresso, contudo, acionou o Supremo pedindo mais três meses de prazo, alegando não ter sido possível executar as medidas no tempo anteriormente determinado em razão da complexidade do que foi determinado.

‘Orçamento secreto’

O “orçamento secreto” é como ficaram conhecidas as emendas parlamentares pagas na modalidade emendas de relator.

Ao contrário das emendas individuais, que seguem critérios bem específicos e são divididas de forma equilibrada entre todos os parlamentares, as emendas de relator não seguiam critérios usuais e beneficiam somente alguns parlamentares.

A decisão de Rosa Weber

Na decisão desta sexta-feira, Rosa Weber afirmou que não há motivo para prorrogar a adoção das medidas de transparência porque o Congresso foi informado há nove meses da necessidade de implementar o sistema.

“Há nove meses, houve muitas oportunidades para que os órgãos do Poder Legislativo da União prestassem os esclarecimentos solicitados”, escreveu a ministra.

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Foto: Marcelo Camargo/ABr