Depois do presidente do Flamengo, Pires também desiste da Petrobrás 

O executivo avisou ao Palácio do Planalto que não queria ser submetido a ataques à frente da Petrobrás por sua indicação

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Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 04/04/2022 às 17:33 | Atualizado em: 04/04/2022 às 17:33

Indicado para presidir a Petrobrás, o economista Adriano Pires (foto) desistiu de assumir o comando da estatal. 

Segundo o blog da Andréia Sadi apurou com fontes do Palácio do Planalto, Pires informou ao governo da sua decisão nesta segunda-feira (4), após Rodolfo Landim desistir de assumir a presidência do conselho de administração. 

Pires foi uma escolha do chamado “centrão”, que queria uma presidência da estatal com melhor comunicação no ano eleitoral, principalmente para explicar à população o reajuste no preço dos combustíveis. 

No entanto, Pires, após a desistência de Landim, avisou ao Planalto que não queria ser submetido a desgastes e ataques no comando da companhia petroleira por sua indicação, apontada por setores da Petrobrás como um conflito de interesses. 

A desistência do executivo, comunicada ao Planalto, pegou setores do governo de surpresa. 

Até hoje cedo, defensores do nome de Pires diziam ao blog que a indicação dele estava mantida e que não havia plano B para a vaga. 

Por isso, deixam claro que foi ele quem desistiu- pelo Planalto, o novo presidente da estatal seria Pires. 

Ainda não há definição sobre quem vai substituir Silva e Luna no comando da empresa.

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Eventual conflito de interesse 

No domingo (3), o Ministério de Minas e Energia tinha informado ao blog que seria preciso aguardar os trâmites legais e administrativos para ver se haveria algum impedimento à indicação de Adriano Pires para a presidência da companhia. 

Pires, que já trabalhou na Agência Nacional de Petróleo (ANP) e é fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), foi indicado pelo governo Bolsonaro para substituir o general Silva e Luna no comando da estatal. 

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Foto: Pedro França/Agência Senado