Bolsonaro ameaça: Guedes continua na Economia se for reeleito

O presidente da República segue confiando em seu "Posto Ipiranga", mesmo sem resultados como conter a alta no preço dos combustíveis

Bolsonaro e Guedes criam MP para ficar isentos por atos na pandemia

Ferreira Gabriel

Publicado em: 06/06/2022 às 11:06 | Atualizado em: 06/06/2022 às 11:13

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira (6) que o ministro da Economia, Paulo Guedes, ficará no cargo em um eventual segundo mandato.

Em entrevista ao canal Agro +, Bolsonaro foi questionado se manterá o ministro. O presidente citou pressões que às vezes sofre para demitir Guedes, mas ressaltou que prefere conversar com o ministro para resolver eventuais problemas a tirá-lo do cargo.

Guedes vem sendo criticado dentro da ala mais política do governo pela falta de ação da Economia para amenizar a inflação no país, em especial a disparada no preço dos combustíveis. Na avaliação de bolsonaristas fiéis, isso pode impulsionar a candidatura do rival, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na entrevista, Bolsonaro disse ainda que “de vez em quando” percebe Guedes “cansado”, o que, na visão do presidente, é natural.

“Com toda a certeza, sim [Guedes fica no governo em um eventual segundo mandato]. Depende dele. Eu vejo ele de vez em quando cansado, o que é natural. É um ministro [o da Fazenda] que, no passado, era muito trocado na Economia. De vez em quando, alguns querem que eu troque ele, entre outros, para resolver certos assuntos. Eu prefiro conversar com eles e, dentro daquela lealdade mútua que nós temos, mudarmos alguma coisa e prosseguir nessa luta”, disse Bolsonaro.

O presidente afirmou ainda que, nos próximos dias, Guedes deve apresentar uma solução para contra alta no preço dos combustíveis.

“O Paulo Guedes, espero que nos próximos dias, resolva a questão dos combustíveis no tocante aos impostos pelo Brasil. Ele já se demonstrou favorável a isso, tem trabalhado. Espero que nos próximos dias, nesta semana mesmo, tenhamos uma boa notícia sobre preço dos combustíveis no Brasil’, afirmou o presidente.

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Foto: Isac Nóbrega/Presidência da República