Governo inaugura parque do Prosamin na zona sul de Manaus
Parque das Araras ocupa espaço de 15 mil metros quadrados entre as ruas Leonardo Malcher e Tarumã, na Praça 14

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 06/07/2022 às 17:55 | Atualizado em: 06/07/2022 às 20:28
O Governo do Amazonas inaugurou, nesta quarta-feira (06), o Parque das Araras, no bairro Praça 14 de Janeiro, zona sul de Manaus.
O parque, construído pela Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), integra o conjunto de obras complementares do Programa Social e Ambiental de Manaus e do Interior (Prosamin).
O programa transformou uma área alagadiça e degradada nas margens do Igarapé do Mestre Chico em um espaço de lazer e exemplo de cuidado ao meio ambiente.
São 15 mil metros quadrados de área construídos entre as avenidas Leonardo Malcher e Tarumã.
A área está dotada de equipamentos como quadra de esporte, playground, academia ao ar livre, mesas de jogos de damas e xadrez e uma trilha verde.
Por que araras?
O coordenador executivo da UGPE, engenheiro civil Marcellus Campêlo, explica que o nome do parque remete à preservação, durante a construção, de um conjunto de árvores, dentre as quais um apuizeiro (ficus trigona), que tem quase 25 anos e é reduto de casais de araras.
“Essa relação das árvores com as araras e com o parque simboliza bem a essência do Prosamin+, por isso foi feito todo um esforço do nosso ambiental junto à engenharia para mantê-las. O verde é necessidade básica de uma cidade, é também importante para a fauna, formando um ciclo perfeito, e poder ter tudo isso em pleno Centro de Manaus é algo especial”, observa Campêlo.
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Sob as copas das árvores sustentadas por exuberantes raízes expostas há uma aconchegante trilha verde, assim como o portal de entrada do parque.
O trabalho de paisagismo incluiu o plantio de 2.186 unidades de plantas ornamentais, 7.489,67m² de área verde (gramado) e 42 mudas arbóreas.
O parque terá, portanto, um total de 59 árvores, entre as mudas recém-plantadas e as que já existiam antes da obra.
Arte em grafite
Outro importante atrativo do parque é a arte em grafite, que emoldura os muros do local.
As imagens retratam a temática regional no contexto ambiental, com animais da fauna amazônica, como as araras e outras aves.

Símbolo da cidade ameaçado de extinção, o sauim-de-Manaus também está retratado nos muros do parque.
De acordo com o subcoordenador ambiental da UGPE, Otacílio Cardoso, o sauim ganhou espaço especial nos murais por ser uma espécie endêmica de Manaus ameaçada de extinção.
“Os espaços de educação ambiental envolvendo o sauim cumprem uma condicionante do licenciamento ambiental da área, mesmo não encontrando a espécie no local”, explicou.
Na entrada da trilha verde, também há uma placa em braile para que deficientes visuais possam ter informações sobre o local.
Já as fachadas das casas ao redor do parque ganharam multicores, num trabalho de pintura realizado pelas equipes da UGPE.
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Obras complementares
O Parque das Araras integra um conjunto de intervenções complementares que estão sendo feitas no leito do Igarapé do Mestre Chico, obras que deveriam ter sido executadas por gestões passadas, já que a etapa do programa que incluiu o Igarapé do Mestre Chico se encerrou em 2013.
“O Governo do Amazonas conseguiu aprovar junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) recurso para fazer os reassentamentos que faltavam e concluir o serviço”, ressalta Campêlo.
Da área, foram reassentadas 175 famílias, o equivalente a 875 pessoas, que moravam em condições insalubres, convivendo com alagação e risco de doenças.
No local, também são realizadas obras de macro e microdrenagem e implantação de mais de 995 metros de novas redes de esgoto sanitário.
Fotos: Secom