O jornalista Ronaldo Tiradentes e sua rede de TV, rádio e mídias na internet estão proibidos de falar do patrimônio do senador Eduardo Braga (MDB). A decisão é do presidente do TSE, Alexandre de Moraes, em liminar deste dia 15 de setembro, a pedido do parlamentar, candidato a governador do Amazonas.
Tiradentes vinha nos últimos dias denunciando a formação da fortuna do senador desde que se elegeu governador, em 2002. Braga foi chefe do Executivo por dois mandatos, até 2010.
Conforme as denúncias investigadas pelo jornalista, Braga e a família de seu pai saíram da falência para se tornar o político mais rico do Amazonas e do país depois que ele se tornou governador.
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O fator Lírio Parisotto
Como resultado das investigações, Tiradentes revelou contratos dos negócios da família Braga, que fatiam a fortuna também entre três filhas do senador.
“A Lábrea [uma das empresas da família] alcançou capital social de R$ 71 milhões em apenas quatro anos sem vender um alfinete”, afirmou Tiradentes.
Segundo denunciou, mostrando documentos, o empresário Lírio Parisotto, ex-suplente de Braga no Senado, ingressou no capital da Lábrea pagando ágio de R$ 30 milhões.
Parisotto é acusado pelo jornalista de ter sido beneficiado durante o governo Braga com bilionária isenção fiscal.
De acordo com Tiradentes, o ex-marido de Luiza Brunet teve 100% de isenção de ICMS para seus negócios na Zona Franca de Manaus (ZFM). “Uma renúncia criminosa que desviou mais de cinco bilhões de reais do Amazonas”, afirmou o jornalista.
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Tiradentes vê omissão de bens
Na recente declaração patrimonial à Justiça eleitoral, Braga disse possuir R$ 36 milhões, e suas filhas, R$ 71 milhões. Portanto, quase o dobro.
Tiradentes, contudo, denunciou que o candidato omitiu da Justiça a declaração de muitos bens , como iate, apartamento, obras de arte e até um relógio de marca famosa.
Veja vídeo de Tiradentes
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Foto: reprodução/TV