Começaram em março os preparativos na segunda vara do Tribunal do Júri, do TJ-AM, para julgar hoje (26) o caso conhecido como ‘Massacre do Compaj’. Trata-se de episódio de 2002 em que 12 presidiários sob custódia do Estado foram mortos em Manaus.
Conforme o Tribunal de Justiça do Amazonas, essa vai ser a quinta tentativa de julgar réus como Gelson Carnaúba, Marcos Paulo da Cruz e Francisco Álvaro Pereira. Estes são alguns dos cabeças do massacre de quase duas centenas de presidiários.
Em uma dessas tentativas de julgar os responsáveis pelo maior massacre de presos da história do país, Carnaúba, por exemplo, chegou a ser condenado. Foi em abril de 2013, quando o tribunal do júri lhe sentenciou a 191 anos de prisão. Contudo, isso foi anulado em segunda instância.
Como resultado, o caso foi pautado outras quatro vezes depois dessa anulação. Vinte anos depois do massacre, as partes protelam o julgamento pedindo mais diligências da investigação.
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Carnaúba na tela
De acordo com a vara do júri, para que o julgamento aconteça neste dia 26 de setembro, desde março que providências vêm sendo tomadas. Por exemplo, combinar com o presídio de segurança máxima de Campo Grande (MS) a participação de Carnaúba por videoconferência.
Vão atuar no julgamento o juiz Rosberg Crozara, com Igor Starling e Lilian Nara Pinheiro pelo Ministério Público (MP-AM).
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil