Após ser multado em R$ 22,9 milhões, PL diz que ‘seguiu a lei’
Partido pediu que os votos contidos em 279.336 urnas fossem desconsiderados, o que daria vitória a Bolsonaro

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 24/11/2022 às 21:32 | Atualizado em: 24/11/2022 às 21:32
Após ser multado em R$ 22,9 milhões por questionar erro nas urnas antigas nas eleições deste ano, o PL (Partido Liberal) reagiu: “O partido seguiu a Lei Eleitoral”.
O questionamento do PL foi rechaçado, contudo, pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.
O PL (foto) queria desconsiderar o resultado de urnas antigas utilizadas no segundo turno das eleições deste ano, mas foi multado.
Além de negar o pedido, conforme reportagem de Manoela Alcântara, do portal Metrópoles, o ministro condenou o partido do presidente Jair Bolsonaro e seus coligados à multa milionária.
“O PL já acionou a assessoria jurídica, que vai analisar a decisão do TSE. O partido reitera que apenas seguiu o que prevê a Lei Eleitoral, que obriga as legendas a realizarem uma fiscalização do processo eleitoral”, informou o partido, por meio de nota, nesta quinta-feira (24), um dia após a decisão de Moraes.
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Recurso do PL
Na terça-feira (22), o PL entrou com ação na Justiça Eleitoral, na qual alegou “mau funcionamento das urnas [antigas] com potencial para macular o segundo turno das eleições presidenciais de 2022”.
O partido alegou “desconformidades irreparáveis no funcionamento de 279.336 urnas”. Pediu ainda que os votos contidos nesses equipamentos fossem desconsiderados, o que daria a vitória de Jair Bolsonaro, com 51% dos votos válidos.
Moraes irritado
Imediatamente, o ministro Alexandre de Moraes, deu 24 horas para que o Partido Liberal apresentasse análise, incluindo possíveis problemas nas urnas também no primeiro turno, pois os mesmos equipamentos foram usados em 2 de outubro e elegeram forte bancada de direita na Câmara dos Deputados e no Senado.
Com informações do Metrópoles
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil