Senado também aprova intervenção de Lula na segurança do DF
Câmara dos Deputados já havia aprovada a medida depois dos atos terroristas. Dos senadores do Amazonas, só Plínio Valério foi contra.
Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília
Publicado em: 10/01/2023 às 12:46 | Atualizado em: 10/01/2023 às 12:48
Os senadores aprovaram hoje (10), simbolicamente, a intervenção na segurança pública do Distrito Federal (DF). O decreto do presidente da República, Lula da Silva (PT), é uma resposta aos atos terroristas que resultaram na depredação das sedes dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) no domingo (8).
Ontem, também de forma simbólica, a Câmara dos Deputados aprovou a medida do governo.
Embora já esteja em plena vigência, o decreto será ainda promulgado pelo Congresso Nacional. Portanto, entre os dias 8 a 31 deste mês, todas as ações na área estarão sob o comando do governo federal.
Votaram contra a intervenção federal apenas oito senadores: Carlos Portinho (PL-RJ), Luiz Carlos Heinze (PP-RS), Carlos Viana (PL-MG), Eduardo Girão (Podemos-RN), Plínio Valério (PSDB-AM), Styvenson Valentim (Podemos-RN), Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Zequinha Marinho (PL-PA).
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), fez um duro pronunciamento contra os atos promovidos por bolnaristas radicais.
Essa minoria antidemocrática não representa o povo brasileiro, tampouco a vontade do povo brasileiro. Essa minoria golpista – e não há outro nome – não irá impor sua vontade por meio da barbárie, da força e de atos criminosos. Essa minoria extremista será identificada, um a um, investigada e responsabilizada, assim como os seus financiadores, organizadores e agentes públicos dolosamente omissos.
Além de aprovar a intervenção, os senadores também acataram sugestão de Omar Aziz (PSD-AM) para criação de uma comissão externa. A finalidade é acompanhar as investigações sobre os responsáveis pelos atos terroristas na capital federal.
“É o momento de a gente mostrar que a democracia está em pé. E não são vândalos, terroristas, que vão derrubar a democracia. Nós não temos o que temer. Nós temos é que manter a cabeça em pé e trabalhar pelo Brasil. O Brasil precisa do nosso trabalho, do trabalho do presidente Lula, que se elegeu”, disse Aziz.
O senador também defendeu que o dia 8 de janeiro de 2023 não seja esquecido.
Que o Senado possa tornar essa data um símbolo da resistência. Parabenizar os servidores da segurança, que tentaram de todas as formas, sozinhos, impedir que fossem depredados o Senado e a Câmara. Infelizmente, isso não pôde ser feito”.
O líder da governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse:
Aprovamos agora no Senado o decreto de intervenção federal na segurança pública do DF. Uma medida necessária e urgente diante dos atos terroristas que o Brasil presenciou. Vamos em frente atuando para preservar a nossa democracia.
Foto: Reprodução/Tv Senado