8 de Janeiro: mais 139 golpistas de Bolsonaro são denunciados a Moraes

Todos são acusadas de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado contra o patrimônio da União, além de deterioração de patrimônio tombado.

Diamantino Junior

Publicado em: 14/02/2023 às 19:05 | Atualizado em: 14/02/2023 às 19:05

E o número de denunciados pelos atos golpistas de 8 de janeiro só aumenta. Nesta terça-feira (14/2) a Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) denúncias contra mais 137 pessoas, que foram presas em flagrante devido à invasão que culminou na depredação das sedes do Congresso, Palácio do Planalto e Suprema Corte. E outras duas pessoas presas na Praça dos Três Poderes com rojões, facas e cartuchos de gás lacrimogêneo.

As informações são do jornalista Gilvan Marques, em matéria publicada no portal UOL.

De acordo com a matéria, todas são acusadas de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado contra o patrimônio da União, além de deterioração de patrimônio tombado.

O subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, que também é coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos do MPF (Ministério Público Federal), assina a peça.

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Desde o início das apurações dos envolvidos nos ataques golpistas, já foram denunciadas 835 pessoas, das quais 645 são acusados de incitar os atos – que participaram ou foram presas em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília, mas sem envolvimento direto na invasão e vandalismo dos prédios. Outros 189 são os executores – responsáveis pelos atos direto de invasão, vandalismo e depredação.

Um agente público foi denunciado por omissão.

Até agora não houve nenhum julgamento para apreciar denúncia sobre o caso dos atos de vandalismo.

O relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes.

Na segunda-feira (14/2), a PGR já havia se manifestado favorável à soltura de 12 presos por envolvimento nos atos golpistas.

No lugar da prisão preventiva (com prazo indeterminado), a PGR se manifestou favorável à conversão por medidas cautelares, como a proibição de frequentar estabelecimentos militares, com distância mínima de 500 m, e manter contato com outros investigados.

Atualmente, há 611 homens e 305 mulheres presos em Brasília por envolvimento com os atos golpistas, segundo balanço divulgado no dia 8 pela Secretaria de Administração Penitenciária. Outras 460 pessoas foram soltas, mas seguem monitoradas por tornozeleiras eletrônicas.

Leia mais na matéria de Gilvan Marques publicada no portal UOL

Foto: Agência Brasil