O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) pediu formalmente, ontem, a revisão sobre a composição da Comissão Externa Temporária instalada pelo Senado.
O grupo oficializado no último dia 15 tem o intuito de acompanhar a retirada dos garimpeiros do território Ianomâmi em Roraima. A entidade argumenta que três dos cinco senadores que integram o colegiado “têm envolvimento explícito na defesa do garimpo”.
O Cimi se refere aos parlamentares Chico Rodrigues (PSB-RR), presidente da comissão; Hiran Gonçalves (PP-RR), relator dos trabalhos; e Mecias de Jesus (Republicanos-RR).
“A maioria formada pelos três senadores de Roraima deslegitima e desvirtua a missão da Comissão Externa devido ao envolvimento explícito deles na defesa do garimpo dentro da TI Yanomami, atividade criminosa cujas consequências e impactos ficaram evidentes para toda a sociedade brasileira”, diz a nota.
A entidade se une às manifestações de organizações indígenas e repudia a presença dos parlamentares na comissão externa.
“Solicitamos que sejam adotadas as medidas necessárias para a recomposição da comissão ou, inclusive, para reconduzir ou reconsiderar a própria iniciativa para evitar que um mecanismo importante seja instrumentalizado a serviço de interesses contrários à sua própria missão, o que contribuiria ao descrédito sobre estas diligências”, argumenta o Cimi.
No último sábado, o Conselho Indígena de Roraima (CIR) e a Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn) haviam pedido o afastamento dos senadores.
Leia mais na matéria de Taísa Medeiros no Correio Braziliense
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Foto: Divulgação / Senado