Lula e MPF na briga sobre a lista tríplice para escolha do PGR

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que a lista tríplice é uma invenção brasileira que serve aos interesses corporativos, enquanto o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Ubiratan Cazetta, rebateu a acusação de corporativismo, afirmando que essa crítica não se aplica a todos os 30 Ministérios Públicos estaduais.

Integrantes do MPF estudam a possibilidade de incluir nomes indicados por Lula na lista, para manter a força do modelo de escolha, mas há a preocupação de que a oposição do governo leve alguns nomes a correrem por fora.

Possíveis candidatos incluem os subprocuradores Mario Bonsaglia, Luiza Frischeisen e José Adonis Callou de Araújo, com perfil moderado.

O subprocurador Antônio Carlos Bigonha e o subprocurador Paulo Gonet também fazem campanha.

MPF considera incluir nomes de interesse de Lula

De acordo com a coluna de Guilherme Amado no Metrópoles, membros do MPF estão discutindo a possibilidade de incluir os nomes que Lula estiver interessado na lista tríplice para Procurador-Geral da República.

Essa estratégia poderia ajudar a manter a lista como um meio importante para a escolha do PGR. Entretanto, há preocupações de que a oposição do governo à lista possa levar alguns candidatos a se apresentarem sem o respaldo da mesma.

Internamente, há o entendimento de que candidatos associados ao bolsonarismo não devem se candidatar em 2023, pois não têm chances políticas de serem escolhidos.

Normalmente, os candidatos na lista tríplice possuem condições de transitar com o presidente da República em exercício.

Um exemplo desse fato ocorreu em 2019, quando Nicolao Dino optou por não colocar seu nome na lista por medo de desagradar Bolsonaro.

O então presidente ignorou a lista tríplice nas duas indicações a que teve direito, em 2019 e 2021.

Entenda os perfis

A lista de candidatos para o cargo de procurador-geral do MPF deste ano deve ter um perfil moderado e rejeitar possíveis apoiadores do presidente Bolsonaro.

Entre os possíveis nomes estão os subprocuradores Mario Bonsaglia, Luiza Frischeisen e José Adonis Callou de Araújo.

A escolha dos nomes será feita em uma eleição interna entre os procuradores do MPF.

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Enquanto isso, o subprocurador Antônio Carlos Bigonha, crítico da atuação do MPF na Operação Lava Jato, tem buscado apoio de membros do Executivo e até mesmo de conselheiros e amigos do presidente para viabilizar sua candidatura.

Ele já se reuniu com o presidente da Fiesp, Josué Gomes, filho do ex-vice-presidente de Lula, José Alencar.

Outro nome que está em destaque na disputa é o subprocurador Paulo Gonet, que tem o apoio do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. Gonet tem feito campanha de forma extraoficial.

Leia mais na matéria de Flávia Said publicado portal Metrópoles

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