O senador Plínio Valério, do PSDB do Amazonas, tem repúdio dos indígenas ianomâmis por conta da sua luta contra as ongs que atuam na Amazônia.
Nesta quinta (30), por meio da Associação Yanomami do Rio Cauaburis e Afluentes (Ayrca), os indígenas divulgaram nota de repúdio à presença de senadores em suas terras. Trata-se de visita que comissão externa do Senado diz que vai fazer na segunda semana de abril.
Valério, portanto, é citado entre parlamentares bolsonaristas que não são bem-vindos pela comunidade indígena. Por exemplo, os senadores de Roraima Chico Rodrigues(PSB) e Dr. Hiran (PP), presidente e relator, além de Mecias de Jesus (Republicanos), membro da comissão.
Conforme a nota da associação, o senador do Amazonas desqualifica o trabalho das ongs desenvolvido junto aos ianomâmis e também no Fundo Amazônia.
“Senadores que vêm fortalecer o garimpo ilegal nós não queremos”, afirmou o presidente da Ayrca, José Mário Góes.
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CPI contra as ongs
À Agência Brasil, Valério disse que “o drama do povo yanomami e as graves denúncias da falta de assistência médica a esses indígenas confirmam a absoluta necessidade de uma investigação sobre as ongs que operam na Amazônia”.
Conforme o senador, “diariamente” ele recebe pedidos de indígenas do Amazonas para que tenham liberdade para explorar e comercializar suas “riquezas da floresta”, sem intermediários, se referindo às ongs.
“Esse impedimento é resultado da atuação de ongs que atuam na Amazônia, colocando amarras que limitam o desenvolvimento dessas comunidades”, afirmou ele em resposta à agência de notícias estatal.
Em suma, o senador aponta que esse é um dos motivos da sua insistência pela criação de CPI para investigar as ongs que atuam na Amazônia.
Fonte: Agência Brasil
Foto: Roque de Sá/Agência Senado