Treze municípios do Amazonas já têm o decreto de situação de emergência por causa da seca dos rios. No entanto, ainda estão em análise para homologação do estado e reconhecimento do governo federal.
A informação é do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.
Além disso, há 16 municípios em estado de alerta, outros 30 em atenção e somente três cidades em situação de normalidade: Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva (calha do médio rio Amazonas) e Apuí (calha do rio Madeira).
Dessa forma, a situação em que se encontram os municípios do Amazonas diante da severa estiagem de 2023 ocorre na véspera da reunião dos governadores do Amazonas e Rondônia com o governo federal, nesta terça (26)
A reunião de Wilson Lima (AM) e Marcos Rocha (RO) e as respectivas bancadas de deputados e senadores será com os ministros Renan Filho (Transporte) e Sílvio Costa Filho (Portos e Aeroportos).
De acordo com os governos estaduais, o encontro é para tratar sobre a seca dos rios que pode reduzir a capacidade de transporte na região em 40%, em apenas duas semanas.
Acompanhamento
Em nota ao BNC Amazonas , o ministério afirmou que acompanha as informações climatológicas e hidrológicas junto aos órgãos. Realizando, assim, o alinhamento com as equipes técnicas da Defesa Civil do estado do Amazonas.
Por outro lado, estão sendo realizadas reuniões de planejamento e orientação junto aos municípios.
Ainda de acordo com o ministério, a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil apoia os municípios com ações de resposta e atendimento à população. Além dos processos de reconhecimento federal de situação de emergência.
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Situação dos municípios
Em atenção
Calha do rio Purus: Lábrea, Tapauá, Beruri e Canutama;
Calha do rio Negro: Manaus, Novo Airão, São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel do Rio Negro, Barcelos;
Calha do baixo rio Solimões: Anamã, Anori, Caapiranga, Careiro, Careiro da Várzea, Codajás, Iranduba, Manacapuru, Manaquiri;
Calha do médio rio Amazonas: Itacoatiara, Silves, Itapiranga, Urucurituba, Autazes.
Calha do baixo rio Amazonas: Barreirinha, Boa Vista do Ramos, Nhamundá, Urucará, São Sebastião do Uatumã, Parintins, Maués.
Em alerta
Calha do rio Purus: Boca do Acre, Pauini.
Calha do rio Madeira: Humaitá, Manicoré, Novo Aripuanã, Nova Olinda do Norte, Borba;
Calha do rio Juruá: Guajará, Carauari, Juruá;
Calha do alto rio Solimões: Tabatinga, Tonantins;
Calha do médio rio Solimões: Alvarães, Fonte Boa, Maraã, Japurá;
Em emergência
Calha do alto rio Solimões: Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Amaturá, São Paulo de Olivença, Santo Antônio do Içá;
Calha do rio Juruá: Envira, Itamarati, Eirunepé, Ipixuna;
Calha do médio rio Solimões: Tefé, Coari, Jutaí, Uarini.
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Dragagem
À Agência de Infraestrutura, a Marinha do Brasil informou que não recebeu pedidos para fazer dragagem na região da foz do rio Madeira, no Amazonas.
Isso porque o assoreamento dessa região no rio Amazonas já está levando a restrições aos navios que fazem cabotagem até Manaus.
Além disso, a Marinha informou que o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) é o órgão federal responsável pela dragagem. E que “até o presente momento a Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental não recebeu nenhum pedido de autorização para a mesma”.
Presença nos rios
A força armada informou ainda que, por meio das organizações militares, subordinadas ao Comando do 9º Distrito Naval, “encontra-se presente nos rios da Amazônia ocidental e cumpre suas atribuições legais(…).
Consequentemente, vem fiscalizando o cumprimento das normas que garantem uma navegação sem acidentes, a salvaguarda da vida humana e a prevenção da poluição hídrica”.
El Niño
Há preocupação com a intensidade do fenômeno El Niño , que tem provocado seca intensa nos rios da margem direita do Amazonas.
Com isso, ameaçar a navegação de cabotagem, que pode ser paralisada na região nos próximos meses. A dragagem dessa região é vista como medida fundamental, já que hoje é o principal gargalo na navegação pelo Amazonas.
Com informações da Agência Infra.
Foto: Baltazar Ferreira/ Semcom