Mulheres aumentam 120% poder político no interior do Amazonas

Dos 61 municípios, em 11 o eleitor escolheu prefeitas.

Adríssia Pinheiro, da Redação do BNC AMAZONAS

Publicado em: 09/10/2024 às 14:54 | Atualizado em: 09/10/2024 às 14:54

A eleição de 11 mulheres para prefeitas no interior do Amazonas neste ano marca um momento significativo de ascensão feminina ao poder. 

Nas eleições de 2020, apenas cinco mulheres se elegeram. Dessa forma, as 11 prefeitas eleitas representam aumento de 120%.

Apesar desse resultado considerável, a figura masculina ainda administra 82% dos municípios.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), neste ano foram registradas 31 candidaturas femininas, sete a mais que na eleição anterior.

Em todo o Amazonas, o eleitorado feminino corresponde a 51,24%, mas somente em Benjamin Constant, Coari, Eirunepé, Envira, Iranduba, Jutaí, Lábrea, Manacapuru, Manaus, Parintins, São Paulo de Olivença, Tabatinga e Tefé as mulheres são a maioria.

Dessas cidades, o proporcional de eleitores homens que fica abaixo das mulheres é Tabatinga, onde elas correspondem a 52,92%.

 Contudo, apesar de ter tido uma candidata a prefeita, Maria Bonita (PSDB), o eleito foi um homem, Plínio Cruz (Republicanos), com 48,80% dos votos válidos.

Manacapuru, segundo maior eleitorado depois da capital Manaus, elegeu uma mulher com 71,78%, Valcileia Maciel (MDB).

O crescimento do poderio feminino, mesmo pequeno, revela um avanço na presença das mulheres em posições de poder na política em áreas historicamente dominadas por homens, contribuindo para o desenvolvimento local com uma visão mais inclusiva.

Mulheres na política

  • Amaturá – Nazaré Rocha (MDB);
  • Anamã – Kátia Dantas (MDB);
  • Careiro Castanho – Mara Alves (Republicanos);
  • Eirunepé – Professora Áurea (MDB);
  • Ipixuna – Paula Augusta (PSDB);
  • Jutaí – Mercedes (União);
  • Manacapuru – Valcicleia Maciel (MDB);
  • Maués – Macelly Veras (PDT);
  • Nhamundá – Marina Pandolfo (União) – única candidata reeleita;
  • Nova Olinda do Norte – Professora Araci (MDB);
  • Rio Preto da Eva – Professora Socorro Nogueira (União).

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou a criação do grupo de trabalho Observatório de Direitos Políticos Fundamentais da Mulher, conforme comunicado pela ministra Cármen Lúcia na sessão plenária do dia 12 de setembro.

As portarias TSE 738 e 739, publicadas em 11 de setembro, definem a regulamentação e a composição do observatório.

A criação é em função da participação feminina nas eleições brasileiras, que se mostra escassa e com mulheres enfrentando crescente violência política que dificulta sua atuação no processo de representação.