Candidatos a governador largam alianças e se jogam para Bolsonaro

Publicado em: 04/10/2018 às 12:00 | Atualizado em: 04/10/2018 às 12:00
Na última semana da campanha, candidatos ao governo de diferentes estados têm ignorado alianças partidárias para tentar colar sua imagem no líder da disputa presidencial, Jair Bolsonaro (PSL), e, tentar crescer nas pesquisas.
O movimento ficou claro nos debates realizados pela TV Globo na noite de terça-feira, quando políticos de vários partidos aproveitaram o espaço para declarar apoio a Bolsonaro.
Foi o caso de Índio da Costa (PSD) e Wilson Witzel (PSC), no Rio de Janeiro, e de Alberto Fraga (DEM) e Rogério Rosso (PSD), no Distrito Federal. Na Bahia, José Ronaldo (DEM) também aderiu.
O DEM e o PSD estão coligados nacionalmente com o PSDB de Geraldo Alckmin, que tem sido abandonado por aliados pelo fraco desempenho nas pesquisas de intenção de voto. Já o PSC apoia Alvaro Dias (Podemos), tendo inclusive indicado seu vice, Paulo Rabello de Castro.
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Vice também puxa “traição”
Em Minas Gerais, um candidato do partido Novo também indicou apoio a Bolsonaro. No debate de anteontem, o candidato do Novo, Romeu Zema, afirmou que quem quer “mudança” deve votar em Bolsonaro “ou” em João Amoêdo, presidenciável do seu partido.
Em alguns casos, a traição é realizada pelos candidatos a vice, e não pelos titulares da chapa. Foi o que ocorreu com Marcelo Delaroli (PR), companheiro de Romário (Podemos) no Rio, e com Marcos Montes (PSD), vice de Antonio Anastasia (PSDB) em Minas Gerais.
Emperrados são abandonados
Não são apenas os candidatos aos governos estaduais que estão abandonando Alckmin e as alianças no “centrão”. Integrante da coligação do presidenciável, o presidente nacional do Solidariedade, deputado federal Paulinho da Força (SP), avaliou que o tempo para uma virada do tucano na eleição já passou.
Confira outras “traições” na publicação de O Globo.
Foto: BNC Amazonas