“Queremos América do Sul grande e não a bolivariana”, diz Bolsonaro

Publicado em: 22/01/2019 às 14:40 | Atualizado em: 22/01/2019 às 14:40

Depois do discurso para um auditório lotado de homens de negócios no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, veio a sessão de perguntas, e para um delas o presidente Jair Bolsonaro disse que seu esforço é para promover uma “América do Sul grande” e não a “América bolivariana”, em uma alusão aos governos de esquerda da Venezuela. Será respeitada a “hegemonia” de cada país, disse ele.

A afirmação, captada por Agência Brasil, foi uma resposta à pergunta sobre as prioridades para integrar o Brasil em um contexto mais ampliado da América Latina.

Bolsonaro disse, nesta terça-feira (22), que conversou com os presidentes da Argentina, Mauricio Macri, do Chile, Sebastián Piñera, e do Paraguaio, Mario Abdo Benítez.

“Estamos preocupados, sim, em fazer uma América do Sul grande, em que cada país obviamente mantenha sua hegemonia local; não queremos uma América bolivariana, como há pouco existia no Brasil em governos anteriores”.

Para Bolsonaro, a esquerda perde espaço na América Latina, e os líderes de centro e centro-direita avançam.

“Essa forma de interagir com os demais países da América do Sul vem contagiado esses países. Mais gente de centro e centro-direita tem se elegido presidente nesses países, creio que isso seja uma resposta de que a esquerda não prevalecerá nessa região”.

 

Mercosul

O presidente defendeu mecanismos de aperfeiçoamento para o Mercosul, bloco regional que reúne Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, uma vez que Venezuela está temporariamente suspensa. Ele não entrou em detalhes.

“No tocante à América do Sul, eu tenho certeza, vou conversar com vários líderes regionais, eles querem que o Brasil vá bem. No tocante ao Mercosul, alguma coisa deve ser aperfeiçoada”, disse Bolsonaro, lembrando que conversou com os presidentes da Argentina, do Chile e do Paraguai.

 

Foto: Alan Santos/PR