A volta do presidente Jair Bolsonaro (PSL) ao comando do país, ontem, reacendeu a possibilidade do governo nomear, o mais rápido possível , o coronel reformado do Exército Alfredo Menezes (PSL) para a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).
A ida dele para a autarquia que administra a política fiscal incentivada da União virou uma história sem fim, até hoje.
As movimentações dele para o órgão apareceram em novembro.
Em janeiro, dois meses depois, o nome foi confirmado pelo secretário de Competitividade do Ministério da Economia, Carlos Alexandre da Costa.
Na semana passada, um novo capítulo da saga veio à tona, quando o ministro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, vedou todas as nomeações para as superintendências regionais até que o capitão saísse do hospital, o que aconteceu nessa quarta-feira, dia 13.
Mas a demora da nomeação do superintendente da Suframa não envolveu apenas o Planalto.
Houve forte pressão da Bancada Federal do Amazonas, que se sentiu atropelada pela forma como o nome de Menezes foi colocado no circuito, sem consulta a deputados e senadores e muito menos ao governo do estado.
Mais atropelada ainda ficou quando percebeu que as superintendências adjuntas, que compõem a cúpula da autarquia, também seriam preenchidas sem consulta ao bloco.
Agora, passada a euforia da chegada do novo governo e perdendo força com escândalos, Bolsonaro, que passou quase 30 anos na Câmara dos Deputados, percebeu que não pode prescindir de apoio político no Congresso.
Isso significa dizer que o amigo e afilhado de casamento do presidente poderá até assumir o cargo a qualquer momento, mas não com o roteiro escrito por mão única.
Aos poucos, o governo do capitão Bolsonaro vai apreendendo que as coisas não são bem assim como ele imaginava.
Foto: BNC AMAZONAS