Lula, um ano de prisão e tentativa do PT de manter lulismo vivo

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 07/04/2019 às 12:52 | Atualizado em: 07/04/2019 às 12:52
Da carceragem da Polícia Federal em Curitiba, onde completa um ano de prisão por ter sido condenado em segunda instância na operação Lava Jato a 12 anos de prisão, o ex-presidente da República Lula da Silva acompanha o esforço da legenda que fundou, o Partido dos Trabalhadores (PT), de tentar manter viva sua memória e modo de fazer política. O lulismo, apesar das baixas desde o impedimento da petista Dilma Rousseff em 2016, ainda está vivo.
A coluna de Bruno Boghossian, na Folha de S.Paulo deste domingo, dia 7, aborda essa tentativa do petista de manter vivo esse movimento e a faixa do eleitorado que deu ao PT o comando do país por 13 anos.
Embora a libertação de Lula seja bandeira permanente, os petistas temem que essa luta barre o surgimento de novos líderes na legenda.
O colunista usa dados de pesquisa recente que vê simpatia pelo PT nas faixas mais pobres da população nacional em 18% do eleitorado, e que foi de 27% na final da última eleição presidencial, já sem Lula e com Fernando Haddad como candidato.
E esse é um segmento do eleitorado em que o lulismo se apoia, onde o PSL do presidente da República tinha só 2% em 2018.
As estratégias, segundo Boghossian, passam pela volta da campanha “Lula livre” e pelo ataque forte às reformas de Bolsonaro.
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Para petistas, um ano de injustiça
No site oficial do PT, o pt.org.br, a publicação deste domingo, um dia histórico para o país, em que um ex-presidente da República completa um ano de cumprimento de condenação, Lula é tratado como “o maior líder que o povo brasileiro já teve”.
Para os petistas, é um ano de uma prisão “mesmo sem nenhuma prova de crime” e com todos os trabalhadores a favor da liberdade de Lula.
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Foto: Anselmo Cunha/site PT