Por Neuton Corrêa , da Redação
O jornal O Estado de S. Paulo e a revista Veja publicaram no fim da noite de ontem, dia 7, que o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) cortou 44% de verbas das Forças Armadas.
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O percentual representa R$ 5,8 bilhões, o que, para os militares, significa dizer que a situação nos quartéis ficará crítica.
O corte ocorreu um dia depois do general Eduardo Villas Bôas ter verbalizado recado das Armadas contra os ataques do astrólogo Olavo de Carvalho aos militares do governo.
O Congresso Nacional também reagiu à intromissão do guru de Bolsonaro.
O senador Omar Aziz (PSD) saiu em defesa dos generais Eduardo Villas Bôas e Augusto Heleno, auxiliares do presidente, que moraram no Amazonas quando chefiaram o Comando Militar da Amazônia (CMA).
Na ocasião, referindo-se a Olavo, o parlamentar disse que pitaqueiros querem acabar com o Brasil.
“Ou o Presidente Bolsonaro toma a decisão de ficar ao lado do conselheiro-mor, o senhor Olavo de Carvalho, ou ele toma a decisão de ficar ao lado de brasileiros que lutaram para que o Brasil permanecesse com a sua autonomia e, principalmente, com o respeito que tem hoje”.
O Estadão escreveu que o bloqueio da verba dos militares aumentou:
“Antes de 21%, agora o bloqueio será de 44% dos R$ 13,1 bilhões do orçamento da área, o equivalente a R$ 5,8 bilhões. Só é menor do que o corte previsto na Educação , de R$ 7,3 bilhões”.
A Veja citou o trecho de uma nota distribuída pelo governo sobre o contingenciamento.
“Tal bloqueio, no momento, não impõe necessidade de mudanças na operacionalidade do Ministério da Defesa. A pasta trabalha com a expectativa de recuperação da economia e reequilíbrio do orçamento brevemente”.
Leia reportagem do Estadão:
Leia reportagem da Veja:
Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República/Jair Bolsonaro ao lado do Comandante do Exército, General-de-Exército Edson Leal Pujol, 17/04/2019.