As investigações sobre crimes ambientais praticados no Sul do Amazonas e a complexidade dos esquemas criminosos revelados por grandes operações, como a operação Arquimedes , levaram a Superintendência da Polícia Federal (PF) no Amazonas a determinar a instalação de um Grupo de Investigações Ambientais Sensíveis (Giase) na região.
A unidade especializada no enfrentamento a crimes ambientais praticados por organizações criminosas será implantada, inicialmente, no distrito de Santo Antônio do Matupi, em Manicoré (a 332 quilômetros de Manaus).
A portaria que oficializa a criação da unidade agora responsável pelas investigações na região foi assinada no último dia 12 de julho pelo superintendente da PF no Amazonas, delegado federal Alexandre Saraiva.
De acordo com o documento, o Giase deverá entrar em funcionamento em até 15 dias após a publicação da portaria, contando com infraestrutura física e uma equipe mínima de um delegado, um escrivão, um perito e quatro agentes de Polícia Federal.
A unidade especializada da PF será responsável por atuar em investigações relacionadas a crimes ambientais praticados por organizações criminosas, em investigações de caráter interestadual ou transnacional que requeiram atividade investigativa coordenada entre o Giase e outras unidades da Polícia Federal ou órgãos policiais internacionais.
A atuação do Giase poderá ocorrer também em conjunto com outros órgãos ambientais de fiscalização e combate a crimes ambientais, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).
Operação Arquimedes
Para o procurador da República Leonardo de Faria Galiano, responsável pela condução da operação Arquimedes no Ministério Público Federal (MPF) no Amazonas, a criação da unidade especializada da PF no Sul do Amazonas representa um grande avanço na repressão e na prevenção de crimes ambientais ocorridos naquela região.
“A criação do Giase pela Superintendência da Polícia Federal no Amazonas, demanda também do MPF, é uma providência concreta e bastante promissora para o combate não apenas ao crime organizado ambiental que atua naquela porção do território nacional, mas também a todos os demais crimes que prejudicam a estabilidade social e econômica, além da segurança pública, tão necessárias naquela região do Brasil”, destacou o procurador.
Na avaliação do superintendente da PF no Amazonas, Alexandre Saraiva, o avanço e a efetividade dos desdobramentos da operação Arquimedes foram determinantes para chegar à decisão de criar o Giase no Sul do Amazonas.
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Com informações da assessoria
Foto: Divulgação/Ibama